quinta-feira, 30 de abril de 2009

Magnífico

O último disco dos U2 ainda não foi alvo da minha curiosidade e talvez por isso só passado algum tempo me viciei nesta música. Magnificent, retirado do No Line On The Horizon. É das melhores músicas dos U2 dos últimos anos. Sinceramente já me tinha cansado um pouco deles ao ponto de não contarem com nenhuma música sua no meu iPod, retirado talvez o One, um grande clássico. A versão que encontrei é ao vivo. Para quando U2 na Queima? (como diriam os meus miúdos do GVX: lol xD.)





Também fui empurrado para esta música pela versão que acima se encontra. A versão de Fred Falke para este tema. Se há tipos que têm o dom de assassinar as músicas, tirando-lhe todo o seu brilho, este Fred Falke não é de certeza um deles. O dom dele é fazer com que as músicas cresçam, e já tem vários casos de sucesso.

Será este um fim de semana magnífico? A expectativa é grande. Enorme mesmo. Tenho tido alguma dificuldade em concentrar-me, a juntar a isto um pequeno revés e voltar-me a sentir um pouco menos inteligente do que quando cheguei aqui hoje. Ainda assim está a ficar um dia bonito.
Que no fim da festa os neurónios não se queimem porque eu vou precisar deles para a semana.

Fim da Crónica

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Coimbra, vamos levantar voo

A propósito da campanha que a seguir se anuncia,



deixei o seguinte comentário no blogue Briosa:

"Apesar de preferir um acordo para inclusão do bilhete para o jogo no bilhete geral da queima das fitas, acho que é de louvar quando se incentiva os estudantes a irem à bola.

Espero que adesão seja grande. É óbvio que vai haver capas negras a festejar golos do Sborting (se os houver). Mas se é pedir muito, festejem os golos dos dois, senhores estudantes trajados! Já vi uma adepta do Barcelona que estava a viver em Lisboa fazer isso no jogo da Champions entre os Lagartos e a sua equipa do coração. Foi uma alegria para ela. Festejou uma data de golos ficou quase sem voz!"

Como o comentário foi feliz decidi aqui transcrevê-lo e convidar os estudantes (e não estudantes) a participarem nesta festa. Eu sou daqueles que prefiro ver o estádio cheio mesmo com mais adeptos do adversário, do que ou estádio semi-vazio, onde as cadeiras predominam. Influencia muito a maneira como se vive o jogo o ambiente que vem da bancada. E confesso que este jogo me está a deixar com água na boca no que diz respeito ao ambiente.

Estes são os dias em que Coimbra espera ansiosamente a Queima. Sente-se uma ansiedade inerente à situação. Ansiedade esse que também contagia quem lá viveu os melhores anos da sua vida. No meu caso, foram os bons e os maus anos. Vivi lá todos. Ainda me é muito querida e próxima esta festa dos estudantes de Coimbra. O meu carinho pela festa é natural que esmoreça com o passar dos anos, mas levarei comigo para vida o rótulo de estudante de Coimbra com orgulho.

Música gingona, a de hoje. São os muito engraçados Scouting For Girls com I wish a I was James Bond. Eu também. James Bond acaba sempre bem, e embora com umas feridas não há filme em que não caia nos braços de boas companhias. Já agora que a Briosa seja como James Bond, que sofra uns arranhões das garras dos leões, mas que no fim fique com a vitória.



Fim de Crónica

segunda-feira, 27 de abril de 2009

O melhor dos últimos 15 anos, quando a queima ainda não tinha atravessado o rio

Afinal não sou só eu a achar que o melhor disco português dos últimos anos é "O Monstro Precisa de Amigos" dos Ornatos Violeta. Numa votação lançada pela Antena 3 para comemorar os 15 anos da rádio, os ouvintes votaram naqueles que seriam os melhores discos portugueses dos últimos quinze anos. O resultador pode ler-se aqui.

Fica uma das minhas favoritas, A Chaga. Fazia parte da banda sonora da adaptação televisiva dos livros Uma Aventura, mas não sei por alma de quem aparece a ilustrar uma sequência de imagem da série Naruto.

Tive oportunidade de vê-los ao vivo na Queima de 1900 e troca o passo, numa noite que incluía também os Silence 4, quando a Queima ainda era do lado de cá do rio. Sem fazer a mínima ideia de quem eram, e numa altura em que ir para as barraquinhas é que era fixe, esta banda chamou-me a atenção. Com muita pena, quando passei a conhecer o seu reportório eles saíram do universo musical português. Manuel Cruz, vocalista da banda, segue com outros projectos, mas nenhum deles me agrada tanto como os Ornatos.



Fim de Crónica

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Indemnização ou Imortalidade?

Eis que pouco tempo depois estou de regresso.

Um caro amigo, reparando do cartaz da Queima das Fitas 2009, encontrou semelhanças do meu perfil com a do tipo que está no canto inferior esquerdo tocando guitarra. E tu caro amigo? O que te parece?

Será esta um hipótese para ganhar uns trocos? Ou apenas uma possível imortalização?


O cartaz está mesmo aqui em cima. Descubram as diferenças e comuniquem.

Aproveito também para deixar aqui uma música que me deixou com um sorriso nos lábios. Como é que é possível de uma música tão idiota fazer um brilharete destes. São os portugueses Norton com Pump up the Jam.

Estudante de Secrtária

Nos próximos tempos não me parece que me vá sobrar muito tempo para escritos. E a quantidade de música que aqui tenho para levar ao mundo? A música é sempre intemporal, mas peço aos artistas que querem ver o seu nome badalado para esperarem um pouco, porque provavelmente aquele mega sucesso que irá sair nos próximos dias passará despercebido à luz deste blogue.

Fiz há coisa de semanas o meu primeiro teste no IST. Hoje já sei o resutlado. Não estou muito satisfeito. No contexto de uma disciplina de mestrado teria sido uma boa nota, mas para quem já tem dois diplomas não foi grande espingarda. Já não estou habituado a estudar. Sentar e preparar um teste ou um exame, já foi coisa do passado. Voltou para o presente, mas é uma realidade custosa. A minha paciência esgota-se com mais facilidade. Nas minhas épocas de exame lembro-me de maratonas com objectivos concretos que era não generalidade atingidos. É bem verdade que hoje a Net 2.0, ou que lhe quisermos chamar, mudou a forma como está a estudar. Sempre de computador ligado, com net, messenger, facebooks, twitters, blogues, trocas de mails, coisas que não me recordo dos meus tempos de estudante de secretária, o tempo dos exames. Será apenas uma questão de ritmo?

A razão pela qual vou deixar de escrever com tanta abundância, faz-me voltar à metáfora do comboio. O comboio que está quase a partir. E eu no banco da estação. O revisor apita, e autoriza a saída do comboio. E agora? Posso ficar à espera do próximo ou ir já neste. Não tenho pressa, mas não gosto de esperar. Dá-me a sensação que agora as coisas podem começar a ser divertidas, e acima de tudo vão aparecer a grande velocidade. Assim sendo deixem-me ir apanhar o comboio.

Antes disso, colocar uma boa música para iniciar a viagem. Já pouco me lembrava da música que estava prevista para este post. Mas é muito boa. Matt Costa traz-nos Mr. Pittful.



Fim de Crónica

PS: Este blogue não publicará vídeos da Susan Boyle ou de qualquer outro concorrente do British Idol. Isto apesar do autor do mesmo reconhecer algum fascínio pelos referidos vídeos. Este comentário vem a propósito de alguém ter dito que blogue não era blogue se não publicasse o vídeo da Susan Boyle.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

À Luz do Dia

Este post chega com uma semana de atraso. Mas eu posso explicar. No fundo ainda estava esperançado que o Porto caísse em Coimbra e este seria um post épico, a falar de uma cavalgada para a Europa. Assim, ficamos só a meio caminho.

Precisamente um ano depois de ter atropelado o Benfica no estádio da Luz, a Briosa voltou a repetir a graça, sem o brilhantismo da última época, mas uma vitória na Luz é uma grande vitória, e não abre espaço a lamentações.

Já começa a ser hábito. Fica aqui assinalada mais uma vitória brilhante. 
Ainda espero mais deste campeonato apesar dos objectivos já terem sido atingidos. Espero a melhor classificação da Académica desde que vou ao jogos, ou seja 1995. 
Ainda espero um estádio cheio, um ambiente infernal para receber o Sporting em semana de Queima. Não dá para incluir no bilhete geral da Queima, a entrada no jogo da Académica? Faz parte do programa! Pensem nisso senhores da Queima.

Para quem ainda não viu fica aqui o golo de Tiero.


Música perfeita para esta ocasião é o novo hino da Briosa. Um hino de fazer chorar as pedras da calçada. Apesar disso, é uma canção arrebatadora, com uma letra maravilhosa, que faz uma viagem por vários aspectos marcantes da vida de Coimbra. Zé da Ponte é o autor da música, à qual dão voz Paulo Ramos e Teresa Radamanto.


Fim de Crónica

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Carrega!

Para verificarem a fila que se acumula neste guichet, eis um tema que está aqui praticamente desde o concerto do Jason Mraz em Lisboa. Assunto falta. A realidade não tem grandes novidades, mas enfim, vou arriscar improvisar mais um post.

Se virem um tipo carregado com mil coisas às costas, mais um saco na mão, e uma pochette à tiracolo a caminhar por Lisboa por volta das 9h15 da manhã, posso ser eu. Vejam lá não andem por aí à minha procura. Pode haver algumas centenas a quem esta descrição encaixa perfeitamente.
Estou com saudades do tempo é tudo se enfiava na bagageira do carro, e só de lá saía quando era preciso. As distâncias percorridas com excesso de carga eram diminutas. Não havia necessidade de guarda-chuva, os trajectos eram tão curtos que a distância não me impedia de me lançar à chuva.

À excepção de um dia da semana, todos os dias trago um trólei atrás. Seja porque depois do trabalho há que terminar com as energias acumladas no corpo no ginásio, seja porque vou de fim de semana, e não me dá jeito voltar só para levantar os restos de uma semana em Lisboa. Resultado sou um tipo mais forte e robusto, e provavelmente também com uma certa inclinação na coluna, porque uma das mãos vai sempre vazia. São 20 a 25 minutos vezes dois diariamente. Isto faz-me chegar ao fim dos trajecto com muita vontade de me colocar em tronco nu. Confesso que no pico do Inverno até sabe bem andar sempre aconchegado, mas o Verão está à porta. É uma t-shirt por caminho.

Como disse esta música espera pela sua vez há quase um mês. Foi no concerto do Jason Mraz que esta norueguesa se deu a conhecer as este pretencioso ouvinte de música. Com uma voz do género da Bjork, mas num estilo pop lindinho, Marit Larsen conquistou-me com a sua actuação acústica. Em estúdio se calhar soa demasiado bonito e perfeitinho. Mas mesmo assim não resisti a trazê-la aqui.



Fim de Crónica

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Shaq no chá dançante

A poucas semanas da o início da Queima das Fitas, eis que chega o primeiro convidado para o Chá Dançante. A avaliar pela quantidade de esferovite que incorpora o carro de Shaquille O'Neal, ela vais estar mesmo no Chá Dançante deste ano. Este vídeo mostra os preparativos.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

6 meses contra o vento

Faz hoje precisamente seis meses que me mudei para Lisboa. Para assinalar esse facto, desde Coimbra, achei que está na altura de um pequeno balanço. O meu único medo neste balanço, é expôr-me de maneira a que a minha fragilidade saia por todos os lados. Não considero isso bonito, é quase pornográfico. Vou tentar não o fazer.

A minha casa de Coimbra é muito boa. Confortável, grande, com várias assoalhadas, sem vizinhos de cima ou de baixo. É uma casa. Por aqui perto não se ouvem aviões ou comboios. Há os carros que passam aqui por trás, mas que fazem pouco barulho. A casa sofreu obras de melhoramento que a deixaram mais quente, e mais surda. A casa é também um pouco fria. Em Lisboa a casa é quente confortável, pequena, ruídosa, ouve tudo. Fiquei meses à espera de um pôr do sol atrás de Monsanto, mas o pôr do sol saiu uns metros ao lado. É uma casa igualmente boa, mas não é minha. Não é mais que temporária.

Ainda não deixei que Lisboa me abrisse as portas ao fim de semana, ao sol, aos passeios de máquina fotográfica ao pescoço. Meu Deus! Sou português, para quê turismo em Lisboa? Esta mania de que só se faz turismo no estrangeiro tem muito que se lhe diga. Lisboa quer entrar, convida, mas vou ignorando e Lisboa não insiste. Va lá, ao menos é bem educada. Não tenta derrubar o meu interior e apoderar-se dele à força. Gosto de ti assim, Lisboa. Uma coisa é certa, muita gente passa por ti. Muita gente com histórias, com vidas. Mas para que quero essas histórias e essas vidas? Para quê? São ilhas a boiar em oceanos. E mesmo para as ilhas onde atracamos, a minha vontade é soltar as amarras. É a pressa de chegar as portos seguros.
Nada de andar ao sabor do vento. Sempre com o motor ligado, pode ser mais caro, mas o controlo é maior. Não quero lançar as velas. Acho que assim não dou espaço para que os novos mundos apareçam, mas a perguiça vence, e as velas ficam guardadas para outras ocasiões.

Preciso de portos seguros, novos, diferentes. Preciso de deixar a perguiça e lançar as velas, e voltar a navegar. Em tudo, Lisboa tem vento, muito vento. Ainda não o soube aproveitar.

Música de hoje, Bruises dos Chairlift. Já a conheço há uns tempos, mas associção da música à publicidade do iPod nano deu um impulso decisivo. 



Fim de Crónica

domingo, 12 de abril de 2009

Aleluia!

Já se sabe sempre o fim da história. Já se sabe que ao fim de 3 dias Ele ressuscita. Mas é um momento mágico. Só quando chegava a casa ouvindo esta música, consigui encontrar parelelo musical para tamanha magia.

Sinto-me outro, não sei explicar porquê. Não quero deixar fugir. 

Depois de 40 dias de quaresma, e mais 4 horas de vigília, em que o sofrimento foi prolongado, tenho mais uma oportunidade para com Jesus ressuscitar.

sábado, 11 de abril de 2009

One more tick

Há um conjunto de coisas que se tem de cumprir antes de receber o certificado de adulto. Posso dizer que cumpri mais uma dessas coisas. Entreguei a minha primeira declaração de IRS.


Foi quase uma vida a ouvir contar histórias de filas intermináveis, bem como episódios passados em repartições de finanças, com funcionários antipáticos, sem paciência nenhuma para atender qualquer cliente. Felizmente que hoje em dia, a burocracia foi consideravelmente reduzida. Hoje tudo pode ser resolvido pela Internet. O que para mim é uma grande vantagem. Diria mesmo, quanto mais burocracias pudessem ser feitas pela net, mais o mundo ficava ao meu jeito. Até mesmo um simples corte de cabelo podia ser feito pela net. Era uma grande carga de trabalho que me poupavam.

Numa meia hora, recolhi os documentos, fiz as contas e preenchi os espaços a uma velocidade cruzeiro. Espero pela verificação para ver se a rapidez não me fez tropeçar. O que todos descreviam como o cabo dos trabalhos, acabou por ser muito simples, nada doloroso. Até agradável, porque face às simulações ainda vou receber um agradável reembolso.

Foi mais um pequeno visto na carteira de coisas que tenho de fazer para transladar-me ao mundo dos adultos.

A banda sonora para o preenchimento de declarações é-nos trazida pelos Hot Chip e Peter Gabriel, que trouxeram uma alma diferente a Cape Cod Kwassa Kwassa dos Vampire Weekend.

Fim de Crónica

terça-feira, 7 de abril de 2009

Semana Santa

Juntar ideias numa pequena saladinha dá um post. Não acreditam? Não duvidem na minha capacidade de divagar sobre assuntos que não têm qualquer relação lógica entre si. É certo que não os consigo relacionar, mas isso já era pedir demais.

Viagem de comboio. É engraçado como os comboios estão transformados em aviões de longo curso. Nos comboios vêem-se filmes, séries, lêem-se livros, dorme-se, joga-se computador, vai-se à net... Ver filmes era coisa que eu sempre liguei a vôos de longo curso. Daí a associação que fiz atrás. Os portáteis saltam das mochilas e viajam ligados durante a maioria da viagem. Pelo menos enquanto a bateria durar. Até aqui nada de novo. No último domingo, reparei que atrás de mim vinha um senhora que podia bem ser minha avó. A perguiça que habitava o meu corpo era tal, que nem me dei ao trabalho de ligar o iPod. Fui ouvindo os sons do comboio e como a carruagem seguia relativamente calma, não senti essa necessidade de silenciar os ruídos incómodos. A certa altura começo a ouvir um barulho, vindo do lugar imediatamente atrás do meu que pareciam ser as teclas de um computador. Estranho, a senhora avózinha a mexer num computador. Não quis dar nas vistas e olhar indiscriminadamente. Mas acreditei. Os velhotes também têm capacidade de aprender. Quando cheguei à Gare do Oriente levantei-me para desembarcar e desfiz as minhas dúvidas. Afinal a senhora estava apenas a tricotar. Mas o ritmo como que o faz é absolutamente igual ao batimento num teclado de computador.

Acabo de ver imagens das zonas afectadas pelo sismo em Itália. São sempre impressionantes. Mas impressiona mais, quando se dão num país de primeiríssimo mundo. Parece que de repente estamos num meio de uma guerra, rostos sujos, escombros, sangue. Foge completamente ao nosso controlo. Lembra como somos pequenos.

A música de hoje chama-se do Tomorrow dos Ladytron. Um dos nomes bonitos da pop electrónica actual, tem aqui mais um single do Velocífero. Não tenho grande coisa a acrescentar, a música é gira na minha opinião. Espero que agrade ao caro leitor/ouvinte.



Fim de Crónica

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Universidadices

Vou começar um post sem saber muito bem o que escrever. Vou deixar os dedos baterem no teclado à medida que as ideias forem fluíndo. É arriscado. Mas bora lá.

Tenho a sensação que estou ansiosamente à espera da Queima das Fitas. Inclusivamente mais do que tinha acontecido em anos em que era estudante. Recordo-me sempre daquela excitação que invade Coimbra uns dias antes de começar o certame. Não é disso que se trata. A Queima, que deixou de ser minha, passa a ser um local de reencontros. Vão ser dias e noite cheios de caras que saíram do nosso campo de visão diário, e para mim, mesmo semanal. Recordar memórias, recuperar fitas de momentos que ficaram perdidos, pontos da situação, e vão ser três dias em Coimbra. Está longe de ser uma eternidade, mas é melhor que um simples fim de semana. Vai saber a pouco, mas vai ser bom.

Não almocei muitas vezes nas cantinas da Universidade de Coimbra. O número de vezes que almocei na cantina do Técnico, quase superou as vezes que almocei no Pólo II em seis anos que por lá andei. O ambeinte universitário de Coimbra é muito mais descontraído do que o de Lisboa. Basta ver que uma simples queda de tabuleiro era motivo para uma ovação em pé por parte de todos os estudantes que almoçavam na cantina. No Técnico não. É como se nada fosse. Não que seja bonito enxovalhar os desajeitados em praça pública, mas era uma brincadeira saudável. Hoje pela primeira vez houve um aplauso massivo na cantina do Técnico. Um mesa mais animada que as outras, contagiou o refeitório. Esbocei um sorriso. Mas não bati palmas. Gosto desta cultura de massas.

Para banda sonora, um tema que tem rodado na rádio com outra roupagem. Para fugir a uma música demasiado batida, escolhi uma cover com um toque acústico que lhe fica muito bem. É a versão de Katy Perry para Black and Gold de Sam Sparro.


Fim de Crónica

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Evolução das espécies

Tenho aqui uma série de músicas para despachar. Qualquer dia, já deixam de ser novidades, e passaram apenas a ser clássicos da música.

A verdade é que tenho andado com pouca atenção ao mundo que generosamente me rodeia. Para além disso o Twitter acolhe os meus pensamentos mais rápidos e estúpidos. Na altura em que são publicados, não são dignos de figurarem neste blogue. Mas espremendo a ideia, podia de facto arranjar-se matéria para rabiscar na parede.

Ontem, no meu momento autista do dia, a hora do ginásio (nessa altura sou um ser extremamente agressivo e respondo em monossílabos), comecei a pensar na evolução da nossa espécie. E perguntei para mim: "Se um dia for pai, será que serei um melhor pai que os meus?". A primeira resposta que me saltou à cabeça foi sim. Convencido? Talvez. Mas depois disto comecei a olhar para trás. Será que os meus pais foram melhores pais que o seus pais tinham sido para eles? Apesar de não ter conhecido alguns dos meus avós, acho sinceramente que sim. Por isso, a minha ambição não é assim tão descabida. Aliás, faz mesmo todo o sentido. Estranho seria se assim não o fosse. Haverá casos em que assim não acontecerá, e se calhar não são assim tão poucos como eu estou a imaginar. No meio em que vivo tenho a sorte de olhar para amigos meus e pensar que vão ser excelentes pais e mães.

Na música continuamos com os Mates of States, que desta vez nos trazem mais um tema retirado do álbum Re-Arranje Us, Get Better. É tema single, nitidamente. Fala-nos de aproveitar as pequenas coisas da vida, mas sempre com mais luz.



Fim de Crónica