domingo, 28 de junho de 2009

Convite

Domingo à tarde típico.

Depois de almoço, sofá. Ligo a televisão e ainda há futebol. Mas é deprimente. Em ano em que não há Mundial ou Europeu o Verão é um tempo complicado, quando não se tem nada que fazer. Apesar de não ser este o caso, neste momento estou numa altura em que qualquer programa telelvisivo me pode prender à televisão durante uma tarde. A invencível Espanha, está outra vez a perder. Os seus jogadores já pedem férias. Eu também. Já só falta um mês. Mas com tanto no horizontes que por vezes me assusto perante tamanho mês.

Cada vez me sobra menos tempo para escrever, cada vez ando menos atento porque uma vez que não me resta tempo para escrever, não se justifica tamanha atenção. O tempo é gasto a pensar noutras coisas. Tenho uma bota para descalçar e não consigo. Não fui ensino a descalçar aquelas botas, são pesadas. Não se afigura fácil. Há que ter alguma paciência e talento.

A música também não tem grandes novidades. A minha capacidade de concentração vinha sendo afectada pela música. E como tal como já não consigo acoplar esse trabalho com outro, sobra-me menos tempo. Regresso da música portuguesa a este espaço. Clã e Jorge Palma foram mais uns que contribuiram para o projecto UPA, unidos para ajudar. Um projecto que juntou de forma algo improvável alguns nomes bem conhecidos da música portuguesa para ajudar quem mais precisa. Fica o Convite de Clã e Jorge Palma.


Fim de Crónica

PS: Entretanto a Espanha deu a cambalhota.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Tecnologia de Governo

Hoje estive a escassos metros no Primeiro-Ministro. A comparação pode parecer absurda, mas tal como com os músicos, os políticos ao vivo são sempre melhores, são sempre muito simpáticos e prestáveis, e até fizeram um óptimo trabalho. Hoje Sócrates ao vivo foi pouco melhor do que na televisão. Estava na sessão anual do programa de cooperação entre a universidade americana de Carnegie Mellon e o governo português, e Sócrates marcou presença.

Não posso deixar de dizer que na minha área de negócio, o plano tecnológico beneficiou-me grandemente. Estive num projecto de tecnologia financiado pelo Ministério da Economia. Recebi uma bolsa da FCT para prosseguir os meus estudos, estou integrado num projecto de investigação financiado pela FCT. E tudo porque o governo decidiu aumentar o investimento em ciência e tecnologia. Parece que é um bom princípio para o desenvolvimento do país. Sinceramente, acho que o governo esteve bem nesta área. Mas não se pode chegar à investigação sem boas bases, e aí julgo claramente que alguma coisa falhou.
Sócrates chegou atrasado e fez um discurso onde falou de todos os grandes feitos do governo na área da inovação tencológica. Durante meia hora, apresentou números, parecia que Portugal é um país no topo da tencologia. À tarde especialistas discordavam desta ideia. Ainda não somos, podemos vir a ser? Não sei. Mas não é sentado no sofá que posso contribuir para a evolução deste país. Existe também alguma responsabilidade para quem está do lado de cá. Os cientistas e investigadores portugueses têm responsabilidades no futuro deste país, devem corresponder ao investimento que neles foi feito

Não há post sem música, mesmo quando o assunto é sério. Os Gaslight Anthem vão passar em Portugal em breve, para experienciar os nossos avanços tecnológicos. Do seu último álbum, Old White Lincoln.


Fim de Crónica

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Bafo

Está um calor de ananases, como diria o Eça.

E está mesmo. Rara é a brisa que sopra na sala de onde vos escrevo. Tenho por vezes que abrir a porta de casa para que o ar circule, mesmo que isso proporcione a entrada de alguns larápios porta adentro. Mas a brisa vale a pena.


Ando a fugir do sol. Toda a sombra sabe bem quando se transporta uma mochila às costas durante alguns quilómetros, mesmo às nove da manhã o sol já bate, queima e derrete. 
O ideal era mesmo um duche, ruas com ar condicionado ou algum de expersor de água. Em Sevilha, as ruas são cobertas com lonas para que os transeuntes se possam circular das horas de maior calor. Não imagino uma lona a atravessar a Avenida da República. Resta-me então procurar a sombra.

A inspiração não é grande, mas o povo pede mais música. Os britânicos Mando Diao estream-se neste espaço com um energético Dance With Somebody. Brevemente em Lisboa ao vivo. Promete saltos o concerto.

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Fim de Crónica

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Santos

Mais logo Lisboa vai rebentar de festa. Mais logo vou estar na minha cama a contemplar umas belas horas de sono. Não vou estar presente nas festas de Lisboa. Eu sei que Lisboa vai sentir a minha falta e eu também vou sentir a dela. Desculpa Lisboa, mas não dá mesmo.

Um parisiense que partilha comigo o laboratório, disse que achava muito engraçada a ideia de haver as festas de Lisboa. Em Paris não havia nada disto. Talvez porque a sua dimensão não o permita. Em Paris cabem umas quantas Lisboas. Mesmo assim, dada a dimensão da nossa capital é assinalável que todo o seu povo e convidados, durante uma noite saia à rua para celebrar... um santo. A festa popular passa todos os anos na televisão, e os vários canais disputam a transmissão das marchas como se fosse o jogo de futebol. As marchas são o carnaval de Lisboa. Mas ao que parece, a festa que vale bem a pena faz-se pelos bairros, pelas colinas, pelas ruas estreitas. É essa a festa que eu lamento perder. Vou esperar mais um ano. Não será tarde para me iniciar nos rituais de festa de Lisboa.


Para contrabalançar com a onda rock que tem prevalecido nas últimas publicações desta casa, fica aqui um tema acústico-deprimente-fofo de Jessica Lea Mayfield, de nome Kiss Me Again.



Fim de Crónica

sexta-feira, 5 de junho de 2009

1901

Acabo de partir um frasco de perfume que a minha mãe trouxe de Londres há poucas semanas. Estou deveras irado com a minha falta de jeito para lidar com este tipo de objectos. Vale-me pelo menos, que não sobrou nenhuma farpa para se cravar nos meus pés. É pena que continue a cheirar mal, porque não vou comprar um perfume novo para o substituir.

Adiante. 
São poucas a vezes por ano em que me aventuro a dar um pezinho de dança. E cada vez que o faço, confesso que sinto uma certa frustração. Dançar não é mesmo natural. Às vezes em casa lá saem umas coias engraçadas em frente ao espelho. Não duram mais do que efémeros segundos. São apenas tentativas. Gostava mesmo de saber dançar. O sexo oposto aprecia e acho que fica muito bem a um homem saber dançar, seja num bailarico ou numa danceteria. Não digo aquela danças com um certo grau de panisguice. Mas uma dança de salão, um balairico, e principalmente a kizomba. 

E pronto, já é tarde. Foi um belo dia a partir da hora de almoço. A manhã foi tenebrosa. Já são horas de ir dormir.

Não é uma canção de embalar. Pelo contrário. É bem mexida. Tenho ideia que os Phoenix são mais uns dos vários bons exemplos de boa música electrónica produzida em França. Não tenho a certeza. Mas estão aqui com 1901, um single de avanço (que bonita expressão radiofónica) para Wolfgan Amadeus Phoenix.


Fim de Crónica

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Quartos

Estou naquele fim de hora de almoço, onde já se leu meio artigo e ainda falta outra metade por ler.

Mas subitamente apetece-me escrever qualquer coisa. Não sei bem o quê é certo, mas apetece-me. Talvez seja a escravidão do apetite que durante este dia que por ora vivo que está aos comandos da máquina. 

Não sei se sou claustrofóbico. Mas preciso de espaço. Há cerca de 10 anos vivia num apartamento. Partilhava um quarto com o meu irmão. Há cerca de 10 anos mudamo-nos para uma vivenda, com jardim e com quartos separados para ambos. Quartos grandes, que por serem grandes têm camas grandes, secretárias e estantes onde se arrumam livros e outros objectos que por lá vão ficando até à passagem seguinte do pano do pó. 
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Há alguns meses, com a mudança para Lisboa, este quarto deixou de ter uma utilização regular. O quarto de Lisboa, é um quarto de dormir. Pouco mais se pode fazer lá. Tem uma estante onde figuram principalmente papéis soltos, um armário vazio. É maioritariamente ocupado por duas camas individuais justapostas que dada a minha falta de equilíbrio natural me amparam de enventuais desvios. Não tem secretária. O único espaço individual é a cama. Mas as camas foram feitas para dormir, e não para sentar como quem senta num sofá, e por isso ao fim de dez minutos a cama faz doer as costas, faz adormecer as pernas e pede com pouca delicadeza para que nós mudemos de posição. Por isso e pelos vizinhos de cima que frequentemente passam pelos céus de Lisboa sem serem minimamente discretos, decidi que talvez seja uma boa opção procurar outro espaço, com mais espaço. Um espaço meu, maior. Para além de ser grande e ocupar espaço físico, o curto espaço físico faz encurtar o meu espaço mental.

Que bom é acabar este post com uma música a rasgar. Os Late of The Pier já lançaram o seu disco no ano passado, mas confirmada a sua presença no Alive! fui ver o que eles andaram a fazer por lá. A melhor coisa que achei foi este Broken, que me dá vontade de imitar os gestos de um guitarrista enquanto abano a cabeça para um lado e para o outro.


Fim de Crónica

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Até já!

Este senhor é para mim o grande jogador do futebol português. A cronologia dos acontecimentos não me deixou ver o Eusébio. O grande jogador do meu tempo é sem dúvida este. Um grande campeão, um líder capaz de motivar os colegas, capaz de fazer coisas brilhantes. Por onde passou deixou marca, basta ver a reacção de colegas, público e adversários de pé aplaudiram este senhor do futebol mundial. Um exemplo como futebolista.



Para acompanhar a despedida deste craque Something Good Can Work dos Two Door Cinema Club. Algo muito bom seria o Figo continuar a fazer algo pelo futebol português, para ligar à música, pressinto isso mesmo. No projecto em que Figo estiver à frente algo de bom pode acontecer. A música é de Verão. Sonoridade próxima aos Vampire Weekend. Estava aqui à espera e finalmente viu a luz do dia. Uma breve escuta durante o fim de semana convenceu-me.



Fim de Crónica