quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Última noite & versão 2.4

Para dizer a verdade esta música surgiu-me nos fones numa semana em que a minha acuidade auditiva estava no seu auge. Qualquer hit de meia tigela, acabava neste escaparate durante esse referida semana. Faltava no entanto motivo para escrever.


Agora há. Há e muito. A minha primeira incursão pelo continente africano tem pano para mangas. Não levem isto para o lado da fruta.

Mas essas mangas ficarão para mais tarde.

Este post serve então para... desejar um excelente 2009. 
2008 foi forte, intenso, cheio de movimento interior, com mudanças. 

Acho que estou um bocado mais crescido. Completei 24 anos. Acho que ainda tenho um mundo pela frente, mas nada como viver melhor um dia de cada vez.

Quanto à música são os Ida Maria com I Like You So Much Better When You're Naked. É possivelmente um dos mais compridos títulos de música a falar sobre nudez. Mas não se aplica a toda a gente.


Fim de Crónica

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Os melhores de 2008

Interpelado pelo PLANETA POP fiz uma listinha das melhores coisas de 2008 na minha opinião. Se quiseres deixar a tua, és muito bem vindo.

Melhores discos estrangeiros:
Cut Copy - In Ghost Colours
The Kooks - Konk
Vampire Weekend - Vampire Weekend
MGMT - Oracular Spectacular
Coldplay - Viva la Vida or Death and all his friends
Santogold - Santogold
CSS - Donkey
Van She - V
Ladyhawke - Ladyhawke

Melhores discos Portugueses:
Deolinda - Canção ao Lado
Manuel Cruz - Foge Foge Bandido
Rita Redshoes - Golden Era

As melhores Canções/Singles:
Rita Redshoes - Your Waltz
Cut Copy - Hearts on Fire
Yael Naim - New Soul
Tiago Bettencourt - O Jogo
Sebastien Tellier - Divine
Coldplay - Death and All His Friends
Ana Free - In My Place
The Infadels - Free Things For Poor People
Air Traffic - Shooting Star
Van She - Changes
The Verve - Love Is Noise
Ladyhawke - Paris Is Burning
Lisa Mitchell - Neopolitan Dreams
Santogold - LES Artistes
Lykke Li - I'm Good, I'm Gone
Pearl and The Puppets - Because I Do
MGMT - Kids
The Ting Tings - That's Not My Name
Radiohead - Reckoner

Remisturas:

Van She - Kelly (Breakbot Remix)
Friendly Fires - Paris (Aeroplane Remix)
Lykke li - I'm Good, I'm Good (Fred Falke Remix)
Ladyhawke - Paris Is Burning (Cut Copy Remix)
PNAU - Embrace (Miami Horror & Fred Falk Remix)


No fim desta listinha, fica uma das presenças, os Van She com Changes.


Fim de Crónica

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Feliz Natal

Horas antes de Deus encarnar na pele de um menino, venho aqui saudar os leitores desta porcaria. Vêm de sítios variados, mas quase todos os eles falam e escrevem português e a horas diferentes vão sentir que há algo de novo para vir nas próximas horas. Com bacalhau ou não, com doces ou não, com bebidas ou a morrer de sede, quero lembrar que a felicidade só é verdadeira, quando é partilhada (Into the Wild). E o Natal é isso mesmo, felicidade porque um menino está para vir, porque Ele mudou o mundo, o meu mundo.


Como foi normal nestes últimos meses deixo aqui uma música de época. White Winter Hymnal dos Fleet Foxes. Por algumas revistas considerados os autores do melhor disco do ano.


Fim de Crónica

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Um dia vou ser Doutor em Filosofia

Vamos lá ver uma coisa


Até há poucos dias eu não sabia que grau académico que estava a tirar. 
Enquanto lia uma tese de doutoramento de uma colega alemã, sobre um tema da minha área (para quem não sabe sou Engenheiro Electrotécnico), em que se podia ler na capa Doctor of Philosophy. Engraçado, pensei. Como é que um filósofo pode escrever algo tão tecnológico, e com um nível técnico de matemática tão elevado? 

Achei estranho. E disse-o a quem me está a guiar por estes novos caminhos, que me respondeu que esse era o título académico para o qual estou a trabalhar. No fundo somos todos filósofos, embora a minha vocação para filosofar não seja grande. Para complexar, é. Mas filosofar não é comigo. Fiquei a saber mais uma coisa, que pode ser confirmada na wikipédia.

Para terminar uma musiquinha que tem a sua piada, sem ser fora do vulgar, mas o que me chamou a atenção foi o nome deles. São os Portugal, The Man e vêm de Portland. A música chama-se Colors (à americana). Portugal, porquê? Ao que parece foi o primeiro país que se lembraram. Diria eu que em boa hora o decidiram fazer, porque só prova que têm bom gosto.


Fim de Crónica

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Tempo de Rádio

Aos que viram esta música sem qualquer espécie de texto, as minhas sinceras desculpas.
Foi um lapso. Não o vídeo e a música em si, mas o ter ido para o ar foi a despropósito.

Ora isto, obriga-me a partilhar qualquer coisa. Talvez dizer que o tempo voa. Ainda agora cheguei a Lisboa e já estamos no Natal, altura em que vou regressar não a casa, mas à família.

Prometem agitação com fartura esta férias.

Ah! A música, o pertexto deste post, o vídeo. Uma das música que me chamou a atenção enquanto batia efusivamente no teclado do computador. Chama-se Radio, e é dos Apple Jelly.


Fim de Crónica

domingo, 14 de dezembro de 2008

Semanas de 4 dias

Terminaram as semanas de quatro dias. Foram duas consecutivas em que à hora que escrevo não tinha que estar preocupado com a curta duração do dia e que daqui a pouco já tenho mala para fazer.

Esta será a última semana na capital antes da pausa de Natal. Ainda não pensei em balanço, mas já é altura disso. Balanços do ano, os melhores, os piores, os assim-assim. O balanço de Lisboa é mesmo isso um balanço, uma montanha russa, algo instável. Muito instável. Já não estranho a cidade, mas o fim de semana sabe-me a pouco.

Por outro lado, o fim de semana angústia. Os reencontros, curtos. As novidades inesperadas, coisas que estavam arrumadas, surgem a boiar à superfície. A bolha pode estar para rebentar. Estou cansado. Cansado do modo fechado. Talvez seja hora de sair cá para fora.

Hoje o momento musical do programa fica a cargo dos All New Adventures of Us com Firetruck. Sem ser a música hiper viciante, tem uns sopros engraçados e uma ginga que valeu a sua estreia aqui neste espaço. 


Fim de Crónica

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Declaração universal dos direitos humanos




Vim este vídeo pela primeira vez no blog da Companhia dos Filósofos. Pela mensagem e pela qualidade com que foi feito, decidi colocá-lo aqui para que mais gente o possa ver.

Fim de Crónica

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Docinhos em época de doces

Está quase a chegar a altura em todas as dietas fazem tréguas, em que sentimos um prazer de partilhar sonhos, bolos e presentes. O presente que trago aqui hoje é bem docinho. Aposto que brevemente haverá uma campanha publicitária a utilizá-lo, porque é fina a doçaria que aqui trago.


Mas antes, algumas considerações. Acho cada vez mais que tenho estilo de planta. Os raios de sol que apanho proporcionam bem estar e conforto. Será que a minha pele faz um tipo de fotosíntese que se traduz em paz?

Os fins de semana nunca foram tão curtos como agora. Mesmo com uma produtividade abaixo de zero, passam a correr. A vontade de rever gente é tanta, que não dá para equilibrar e estar com todos, porque nem todos estão bem ao mesmo tempo. Mas custa abdicar de conversas e equilíbrios de fim de semana, para procurar outros.

Eu sei que já cresceu água na boca. Mas só agora chegou a hora da estreia absoluta de Lisa Mitchell neste espaço. Ela traz-nos o seu Neopolitan Dreams.

O vídeo tira algum do encanto da música, porque apesar de queridinho e original, está ligeiramente fora tempo e os lábios não articulam bem. Se preferires ouve só o vídeo, ou então passa pelo myspace da artista.

Fim de Crónica

Actualização de última hora: Nem foi preciso esperar uma semana pela publicidade com esta música.

domingo, 7 de dezembro de 2008

SB em Stock

Evento da semana em Lisboa o festival Super Bock em Stock. Espalhado por cinco salas de Lisboa, com concertos em simultâneo, com o público a circular livremente entre as várias salas foi um espectáculo bonito de se ver.


Tudo começa no S. Jorge com a neo-zelandesa Ladyhawke, que, mais uma vez, se mostra muito timida e não consegue olhar de frente para o público. No entanto, começo a achar piada ao estilo dela. O concerto esse é sempre a rasgar. Para espreitar a música da Ladyhawke, é recuar aos arquivos do mês de Setembro.

Findo um concerto, escolhe-se o concerto seguinte. No entanto há ainda tempo para espreitar Os Pontos Negros, que no andar de baixo fazem o seu espectáculo. Estão animados. Os Pontos Negros apareceram por cá no mês de Outubro deste ano.

Santogold era é sem dúvida um dos nomes mais fortes da noite. A audição do seu disco durante a tarde não me conveceu de todo. Mas ao vivo tudo é diferente, e com Santogold é diferente para melhor. Vestida de empregada doméstica progressista, com uma voz impressionante e movimentos dançáveis muito cativantes, ela deu espectáculo. O que era só uma espreitadela, acabou por se tornar num concerto inteiro. Como ainda não tinha passado por aqui, fica o mais famoso LES Artistes.


Ainda houve tempo para um cheirinho de Reininho.

Segundo dia, o mesmo espírito. Gente a correr de um lado para o outro da Avenida. A sair de uma sala para a outra. 

No Teatro Variedades, estava uma das recentes audições deste blog, Lykke Li. Ao que parece passou alguns anos por terras lusitanas. Pena que cinco minutos de atraso, equivalham a quinze à espera de lugar no Variedades. Os singles tocavam e cá fora ouvia-se bastante bem. Finalmente entro. Lykke Li enche a sala com a sua voz e com o seu magnífico espectáculo. Aqui, como ontem fiz o trabalho de casa e ouvi o seu disco, e como ontem não me tinha convencido. Mas valeu.

Não havia nenhuma especial chamada de atenção no programa deste dia. Havia Deolinda, mas não estava motivado, talvez porque fosse o concerto com maior afluência, e por preferir vê-los em nome próprio. Sendo assim, após um breve estudo das opções, rumei ao Tivoli onde estava o brasileiro Marcelo Camelo. O desconhecido faz-me surpresa. É muito bom para ouvir despreocupadamente ao fim de tarde, a ver o pôr do sol.

Naquele vai não vai. Recomendam-me que fice no Tivoli para ver os Walkmen. Não faço ideia quem seja. Mas mais uma vez estou disposto a que me surpreendam. E mais uma vez isso acontece. São um exemplo daquilo que se pode chamar música indie. Ora com um passo mais lento, ora a rasgar os Walkmen caíram-me no goto. Prevejo para breve a sua estreia neste espaço.

E foi o primeiro Super Bock em Stock. Que pelo impacto que teve, vai voltar. Faz-me lembrar uma ideia que partilhei há uns tempos sobre a conversão de teatros/cinemas abandonados em salas de concertos. Não é assim tão difícil e é bem bonito.

Fim de Crónica

Já faltou mais

A expressão "já faltou mais" tem sempre um fundo de verdade por trás de si. Está sempre actual e raramente engana o cliente. Encaixa bem em qualquer lugar e não paga imposto.


Mas nesta altura, há grandes desejos de regresso. Há desejo de rever quem não vejo há muito tempo, há desejo de voltar para casa e não ter de regressar a Lisboa ao fim de um curto fim de semana, há desejo de ver o mar e a praia deserta pelo Natal. Já faltou mais. A contagem decrescente acelera, mesmo que se faça ao mesmo ritmo. 

Ainda não consegui varrer a lista de pessoas com as quais vou partilhar um pouco de mim. A imaginação não é grande, o tempo também não, a paciência para centros comerciais ao fim de semana é nenhuma, e os centros comerciais de Lisboa ainda encerram os seus mistérios. 

A sugestão musical de hoje vai com dois dias de atraso. Neste momento já ninguém os pode ver ao vivo no nosso país. Depois de terem passado por Coimbra e Lisboa, os Dodos fazem a sua primeira aparição no Praia Morena, com Red and Purple retirado do álbum Visiter.


Fim de Crónica