Evento da semana em Lisboa o festival Super Bock em Stock. Espalhado por cinco salas de Lisboa, com concertos em simultâneo, com o público a circular livremente entre as várias salas foi um espectáculo bonito de se ver.
Tudo começa no S. Jorge com a neo-zelandesa Ladyhawke, que, mais uma vez, se mostra muito timida e não consegue olhar de frente para o público. No entanto, começo a achar piada ao estilo dela. O concerto esse é sempre a rasgar. Para espreitar a música da Ladyhawke, é recuar aos arquivos do mês de Setembro.
Findo um concerto, escolhe-se o concerto seguinte. No entanto há ainda tempo para espreitar Os Pontos Negros, que no andar de baixo fazem o seu espectáculo. Estão animados. Os Pontos Negros apareceram por cá no mês de Outubro deste ano.
Santogold era é sem dúvida um dos nomes mais fortes da noite. A audição do seu disco durante a tarde não me conveceu de todo. Mas ao vivo tudo é diferente, e com Santogold é diferente para melhor. Vestida de empregada doméstica progressista, com uma voz impressionante e movimentos dançáveis muito cativantes, ela deu espectáculo. O que era só uma espreitadela, acabou por se tornar num concerto inteiro. Como ainda não tinha passado por aqui, fica o mais famoso LES Artistes.
Ainda houve tempo para um cheirinho de Reininho.
Segundo dia, o mesmo espírito. Gente a correr de um lado para o outro da Avenida. A sair de uma sala para a outra.
No Teatro Variedades, estava uma das recentes audições deste blog, Lykke Li. Ao que parece passou alguns anos por terras lusitanas. Pena que cinco minutos de atraso, equivalham a quinze à espera de lugar no Variedades. Os singles tocavam e cá fora ouvia-se bastante bem. Finalmente entro. Lykke Li enche a sala com a sua voz e com o seu magnífico espectáculo. Aqui, como ontem fiz o trabalho de casa e ouvi o seu disco, e como ontem não me tinha convencido. Mas valeu.
Não havia nenhuma especial chamada de atenção no programa deste dia. Havia Deolinda, mas não estava motivado, talvez porque fosse o concerto com maior afluência, e por preferir vê-los em nome próprio. Sendo assim, após um breve estudo das opções, rumei ao Tivoli onde estava o brasileiro Marcelo Camelo. O desconhecido faz-me surpresa. É muito bom para ouvir despreocupadamente ao fim de tarde, a ver o pôr do sol.
Naquele vai não vai. Recomendam-me que fice no Tivoli para ver os Walkmen. Não faço ideia quem seja. Mas mais uma vez estou disposto a que me surpreendam. E mais uma vez isso acontece. São um exemplo daquilo que se pode chamar música indie. Ora com um passo mais lento, ora a rasgar os Walkmen caíram-me no goto. Prevejo para breve a sua estreia neste espaço.
E foi o primeiro Super Bock em Stock. Que pelo impacto que teve, vai voltar. Faz-me lembrar uma ideia que partilhei há uns tempos sobre a conversão de teatros/cinemas abandonados em salas de concertos. Não é assim tão difícil e é bem bonito.
Fim de Crónica
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