Eu sei. Eu sei que tenho leitores assíduos e tenho que lhes dar carinho. Felizmente, não estou dependente da vontade dos anúncios do Google para me alimentar, e por isso não há razões para forçar a inspiração a não ser mesmo os ouvintes deste programa.
Mas não ideias que fiquem. As ideias voam. As que não voam ficam no Twitter ou no Facebook.
Genial, agora que escrevi Facebook iluminei-me. Isto porque ultimamente tenho ouvido variadas vezes este tipo de diálogo:
"Tens visto o Manuel? Já há muito tempo que não estou com ele...".
"Eu também não. No outro dia vi no Facebook dele que andava por Espanha...".
O Facebook está a dominar o modo como sabemos notícias das pessoas que estamos medianamente, ou relativamente afastadas. É um modo estranho mas eficaz, porque numa abordagem futura já teremos tema de conversa com essa pessoa, porque sabemos algumas coisas do que ela esteve a fazer. Isto faz-nos saltar sobre silêncios incómodos.
Por outro lado, as expectativas vão estar elevadas, porque se algo vai para o Facebook, significa que é suposto que as pessoas saibam, e da próxima vez que forem abordadas não esperam ser confrontados com essa tipo de perguntas.
É isto que eu acho do Facebook dos últimos dias.
No fundo é a forma que temos de dominar o mundo. Os Kings of Convenience cantam isso mesmo, naquela que na minha opinião é a canção do novo álbum que tem maior impacto ao vivo: Rule My World. Já foi há algum tempo mas são boas recordações.
Fim de Crónica
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Facebook, Rule My World
Crónica Zé David às 10:01
Etiquetas: Kings of Convenience
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