Trabalho, ocupação o que seja. Tenho alguma dificuldade em entusiasmar um leigo na matéria quanto falo dele. Talvez por simplesmente não me conseguir entusiasmar a mim mesmo de forma a que seja um entusiasmo contagiante.
Às vezes basta alguém falar de forma apaixonada sobre um assunto, que mesmo que eu não seja um especialista, facilmente consigo segui-la.
Felizmente que esta carência de entusiasmo não é generalizada. Geralmente quando falo para uma plateia que fala a mesma língua que eu falo e gosto de falar. A linguagem tem enormes limitações.
Não obstante essas limitações vou fazer aqui hoje uma tentativa de passar o meu entusiasmo moderado para todos vós.
Imagina-te chegado a um país novo, com uma língua nova. Ou por outra, imagina que a tua empresa quer explorar um mercado novo, num país maravilhoso, mas és incapaz de falar a língua local. Não falas uma língua porque a tua pronúncia é medonha, e ninguém te entende. Se a juntar a tudo isto tiveres pouco tempo para aprender ou melhorar o conhecimento de uma língua nova, e ainda por cima o dinheiro ao fim do mês não sobra para pagar as aulas nem no Wall Street Institute, então eu posso (daqui a uns tempos) ter a solução para ti. Para ti não, que falas e lês português como quem bebe água, mas para quem esteja à procura de conhecer a língua de Camões, eu comcei o caminho para uma solução.
Estou a tentar desenvolver um programa que tenta treinar as capacidades de produção oral, compreensão oral e ainda alargar o vocabulário de um estudante estrangeiro do Português. Ainda não sei bem como irá funcionar o programa. Para já, só circulam algumas ideias. Mas a ideia é que o programa se adapte ao nível do estudante automaticamente, sem que seja necessário responder a algumas perguntas com um baixo grau de fiabilidade. Para cozinhar este prato são variados, desde reconhecimento de fala, a inteligência artificial, e claro, conhecimentos de programação. Daqui a uns anos se verá no que isto deu.
Ainda assim, penso que o que faço não é essencial para a sobrevivência do comum dos humanos. E pensar assim não me tem ajudado a ganhar o balanço que eu tenho como necessário para agarrar este trabalho com as duas mãos. Acho apenas um trabalho giro. Muito giro mesmo.
Música para o trabalho ou talvez não é este My Only Offer dos Mates of State. Descobri-os numa lista dos 50 melhores álbuns de 2008 e desde então deixo-me encantar pelas suas músicas. São o duo bem engraçado.
Fim de Crónica
sexta-feira, 27 de março de 2009
Vendido
Crónica Zé David às 11:53
Etiquetas: Mates of State
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário