segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Pimbolim

Avenida da Républica, Lisboa, 20h53. Arrasto o trólei com a roupa suja do ginásio pela calçada desta larga avenida, quando me deparo com a seguinte curiosidade: de um lado a delegação do Futebol Clube do Porto em Lisboa, do outro a sede de Tribunal de Contas. Engraçado.


Irrelevante? Talvez. Mas isto fez-me recuar uns tempos, ao tempo em que eu escrevia sobre futebol. Desde o Euro 2008 que não escreve qualquer linha sobre bola. E comecei a pensar porquê, e cheguei a algumas conclusões que passo a partilhar.

Escrevi sobre o Euro 2008. Esta competição trouxe-me profundo desencanto. A selecção portuguesa nunca ganhou nenhuma competição, mas nos últimos anos, vinha-se superando consecutivamente, e empolgando os portugueses. Neste Euro não houve evolução e a sequência de resultados que se viu tira o entusiasmo a qualquer um. A selecção já não mexe com as minhas emoções.

O clube do coração, a Académica, há épocas consecutivas que mantém uma impressionante regularidade de lutar até aos últimos sopros por uma permanência no principal escalão. Desde que a liga foi reduzida para 16 equipas que é muito mais difícil descer, logo menos emoção. Jogar para os lugares de cima, não acredito. Mantenho o meu lugar anual, vou aos jogos, mas não é como dantes.

O que ainda me dá mais prazer são os jogos das equipas portuguesas na competições europeias. Para o campeonato que temos, acho que as equipas até se portam benzinho, acima do que seria de esperar.

Não vos maço mais com teorias futebolísticas.

Mas falta uma música, que de certeza não passa em nenhum estádio de futebol. Quanto muito será usada nalguma publicidade de marcas desportivas, ou talvez, nem isso. Ingrid Michaelson, que com este nome de certeza que não vem de África diz-nos que só quer estar OK.



Fim de Crónica

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