sábado, 15 de novembro de 2008

Que são as marionetas?

Aproveitando o facto de este blogue andar com o saldo bastante interessante de visitantes, queria bater um pouco e dizer mal. Mas não é um dizer mal gratuito. Vou tentar fazê-lo de forma suave e subtil acabando com um momento musical.


Tudo começa na tradicional pergunta: então como correu a viagem? Ao que poderia responder: correu quase tudo bem, mas os últimos 0,2% estragaram tudo. E porquê? 

Tudo começa no aeroporto de Bilbau. A neblina cercava todo o vale que abraça a cidade. Estava com sinceros receios de não sair dali. Mas tudo se dissipa e com um  ligeiro atraso o vôo da Iberia parte para Madrid. Uma aterragem ao estilo Ryanair, mas nada mais a assinalar. No fantástico Terminal 4 do aeroporto de Madrid procuro lugar para trincar qualquer coisa. Não fico satisfeito com o primeiro, nem o segundo, nem com o terceiro. Mas acabo por ficar neste. Ligo o computador para mandar uma mensagem para casa. Aprecebendo-se das minhas dificuldades em conectar-me, duas raparigas surgem com dezenas de cupões os quais davam acesso a quinze minutos de navegação cada. Utilizo dois. O avião está atrasado. Percorro o longo terminal e chego à porta indicada. A selecção de Rugby avisa que vai no mesmo vôo que eu, trocam passes no terminal do aeroporto. Entro no avião. Verifico que se os telemóveis estão desligados e reparo que a mensagem que queria mandar para casa tinha sido enviada para mim. O avião descola. Durante a viagem nada a assinalar, à excepção dos jogos de PES para PSP entre os jogadores da selecção de Rugby. Se fizesse muitas viagens, sem dúvida que valeria a pena o investimento. Aterragem de qualidade, depois de passar por cima do meu apartamento. Saio do terminal e apanho um táxi para me levar a casa. A hora adiantada assim o obrigava. A primeira palavra que o taxista proferiu quando eu disse para onde me levar, foi f#?&-§e. Percebi que o curto caminho, para mal do taxista e para meu também, seria um suplício. Tentei a abrir um sorriso e dizer que amanhã poderia ter mais sorte. Mas ele não me pareceu convencido. Entra na 2ª circular e acelera como se nos fosse espetar contra o primeiro maluco que decidisse mudar de faixa sem ter os devidos cuidados. Fez um caminho novo, e com o pior humor lá foi vendendo a ideia que os táxis para Lisboa são na praça de táxis das partidas. Lamentei sinceramente não haver nenhum aviso nesse sentido dentro do aeroporto. 
A cada 100 metros de caminho a palavra  f#?&-§e ia-se repetindo. Não consegui evitar o desconforto da situação, mas calei-me e até chegar ao destino nada disse. No fim, mostrou-me a factura do outro serviço que tinha feito naquela noite. Também para o centro de Lisboa. Ainda me pediu mais 2€ pelas malas, quando fui eu quem as coloquei e retirei do posto de trabalho do senhor. Incomodado o suficiente e sem energia para argumentar com quem tem poucos ouvidos paguei-lhe o que me pediu e fui à minha vida. O que podemos fazer contra isto?

Senhor taxista: ainda há um leque variado de profissões pelas que se escolhe e em todas elas há dias piores, e dias melhores. Nos dias melhores temos que aproveitar, nos dias piores sorrimos e pensamos que amanhã virá um dia melhor. Mesmo assim temos de dar o nosso melhor em ambos os casos, e não criar desconforto aos nossos clientes. Se não fosse eu o cliente escolhido, o mais provável era ter ido exactamente levar alguém a outro sítio de Lisboa. Não podemos esperar muito algo que não é muito provável, porque senão a desilusão é ainda maior. Podia ter recusado o transporte e informar-me da tal praça de táxis da partida que só conheci através de si. Tinha sido melhor para os dois. Pelo menos para mim, para si não sei. Se calhar ainda ia levar alguém aos Olivais, e ainda se chateava mais. Eu sei que a minha aparência não é totalmente do seu agrado, mas espero sinceramente que, ao menos para meninas bonitas muda o seu comportamento. Se for simpático, mesmo que se queixe, e que eu compreenda a sua situação, a probabilidade de arranjar uma gorjeta mais generosa aumenta consideravelmente. Por último não dignificou em nada a sua classe e cada vez que vejo um taxista só me apetece bater por causa de si. As minhas desculpas aos taxistas que não se reveêm no comportamento deste colega.

Ao metro de Lisboa: estendam a linha o mais rápido possível.  

Devia ter ligado o iPod e ouvir os Mary Onettes. Este suecos chamam a atenção pela originalidade do nome e pela música, que, sem ser daquelas de ouvir repetidas vezes é agradável. Fica aqui "Pleasure Songs". É só uma música.

Fim de Crónica

Sem comentários: