Não sou especialista. Gostos dos aromas, não muito intensos, mas gosto deles.
Nem sei o que dizer. A semana foi intensa, foi curta, foi de altos e baixos, de regressos e recordações e muitos quilómetros depois, não consigo perceber o sentimento dominante.
Podia fazer uma nova saga do Rocky Bilbao. Mas desta vez o país basco fez má cara. O sol nunca chegou a mostrar-se. Não que seja imprescindível, mas a estímulo que provoca faz-me sentir geralmente melhor.
Se a vida não fosse avaliada pelo conjunto dos desempenhos profissionais, diria que tinha sido uma óptima semana. Mas, com tempo, tenho deixado de me consolar com bons desempenhos.
Quando percebi que ia pôr os pés em terreno muito desconhecido já estava dentro do avião. Tive necessidade de recorrer ao meu melhor castelhano para me sentir integrado e mesmo assim foi difícil, porque quando os grupos se distinguem claramente uns dos outros é muito complicado derrubar as barreiras de todos os eles. Ainda assim, houve momentos em que isso aconteceu. Recorrendo a conversas científicas, conversas de futebol ou simplesmente conversas. E agora sim. Para além de todos os portugueses conheço também (pelo menos de vista) os colegas espanhóis. Tudo isto implicou que me sentisse por vezes sózinho, por vezes acompanhado, e outras vezes mal acompanhado. Durante as três horas em que nos sentámos a mesa para comer, pus em causa tudo. Tudo o que ficou para trás. O que tinha, o que tenho e o que posso vir a ter. Umas vezes encontrei sentido outras não. E a dúvida ficou.
Se tivesse que fazer um balanço, seria positivo. Mas ainda faltam fazer as limpezas.
E por falar em limpezas, aqui fica a minha música favorita para ouvir enquanto as efectuo. Isso não acontece muitas vezes, mas quando a Feist solta este Mushaboom tenho vontade de dançar com a esfregona.
Fim de Crónica
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