quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Mudar de ares, capítulo primeiro

Terminado um ciclo e enquanto não começa um novo houve tempo para arejar. Para renovar o ar que me circula pelos pulmões, houve tempo para abrir horizontes e para restabelecer laços.


O universo das companhias aéreas low-cost vem abrir uma série de oportunidades de viagens que outrora seriam proibitivas para a bolsa de um jovem trabalhador. Aproveitando os saldos de época e a hospitalidade de quem está por terras de sua majestade durante alguns meses, fiz-me à Escócia. 

Os primeiros dias foram passados em Glasgow. Cidade mais populosa da Escócia, é uma cidade com vida, principalmente a nível cultural. Concertos são mais que muitos. Bandas de sucesso nascem pelos canteiros da cidade. Um cluster de bandas de pop britânico é o que se pode chamar a Glasgow. Mas este tipo de cultura é pouco palpável, e ao invés a monumentalidade de Glasgow deixa algo a desejar. Fica-se por uma bela universidade, algumas praças e ruas bonitas. 

Universidade de Glasgow

Claustros da Universidade de Glasgow

Outro aspecto muito curioso da cultura britânica é seguramente a sua gastronomia a roçar o ascroso. Excessivamente banhada por molhos, muitos de odor intenso, que tornam qualquer prato normal em algo dificilmente comestível por alguém de bom gosto e habituado ao paladar intenso da gastronomia lusitana.

Chicken Kiev

Os autocarros de dois andares, tão famosos nas ilhas britânicas oferecem-nos semelhante perspectiva de uma das mais famosas ruas de Glasgow, a Sauchiehall Street, povoada de bares e lojas e ainda um cinema que em vez de filmes tem concertos.

Sauchiehall Street

Imaginem que em vez de filmes o cinema tinha concertos. Sim é isso mesmo. Num passeio por esta rua, sou interpelado com um anúncio de um concerto de Ladyhawke, que fez a sua estreia neste espaço no último post. Concerto em Glasgow tem alta probabilidade de estar esgotado, mas a regra não se confirma e por um preço bastante acessível assisto a um concerto que não estava de todo à espera. O público britânico é uma desilusão. Começo a achar que afinal o público português é mesmo especial. A intensidade com que se vive o concerto é baixa. A neo-zelandesa também está longe de ser extrovertida. Vale a pena. E só para recordar aqui fica outro single da Ladyhawke retirado do disco homónimo.




Fim de Crónica

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