quinta-feira, 3 de julho de 2008

Rocky Bilbao - A confirmação

Conseguir alargar o período de repouso durante esta semana foi deveras difícil. Consegui-o por uma vez, mesmo assim a sensação de atropelamento por um camião não desapareceu.

Mais um tema interessante que a minha lentidão de processamento não me deixa acompanhar. Ainda assim fico com uma ideia genérica, faço uma pergunta, e quando me perguntam uma palavra composta em português não consigo encontrar. Com medo de não estar a perceber bem a pergunta, mas também com uma capacidade de processamento abaixo do normal sinto-me embaraçado.
Mais um sacrifício, mais uma horas de tentativas frustradas, mas no final fica a sensação de dever cumprido, e que afinal, não é possível aplicar técnicas semelhantes na língua de Camões.

Uma tarde pela frente. Almoço num local tipicamente americano, comida ao balcão, bem frequentado, mas parece que chegámos tarde demais. A boa frequências está de saída. Há um intervalo para recuperar energias, rever a actualidade e sair. Sair para o Museu, exlibris de uma cidade que se viu obrigada a relançar-se depois de anos difíceis. À custa de um museu, obra de genialidade conseguiu. Milhares de turistas passam por esta obra. É privilégio poder saber pormenores que nos escapam. Apreciar conceitos. A arte há muito que deixou de ser pintura e escultura. Passou para o dia-a-dia, cresceu para conceito, o todo faz o que a peça única não consegue traduzir. Foi encantador.

Como na véspera, procuro companhia interveniente para ver a segunda meia final. Os bascos não parecem entusiasmados com o jogo, e os espanhóis fugiram, com uma honrosa excepção. Primeiro tasco, não tem televisão. O tasco com televisão era um restaurante chinês com buffet. Demasiada comida. Mas ao menos havia jogo. Não havia pessoas nem nervosismo no restaurante. Primeiro da Espanha, manifestação de alegria solitária e bastante tímida. Nos seguintes tentos repetiu-se a história. Regresso à primeira tasca, agora como clientes únicos. A mais pequena desculpa serve para brindar, e quem brinda bebe. Aprendem-se alguns vocábulos na língua de cada um, uns de ocasião, outros menos próprios. Abre o workshop de jogos para beber. Algumas cañas depois, a casa fecha, pergunto informações ao balcão com todo o prazer de jacaré. A paragem seguinte foi numa das sugestões. Sem dúvida interessante. Cheira a ervas aromáticas. Estou a adormecer em pé.

Fim de Crónica

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