segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Conserva-te

Em vésperas de camapnha eleitoral, a palavra conservador tem vido inúmeras vezes à mesa de café. Nem sempre tomada como um elogio. Quase nunca mesmo. Parece que um conservador está atrasado e não vive no seu tempo. Bem sei que tem tudo a ver com o significado com que se interioriza a palavra. Muito embora fique sentido quando me chamam conservador, acho que a palavra e maneira como é utilizada pode não ser assim tão pejorativa.
O meu pensamento dos últimos dias vai no sentido de que se acho que faz sentido que as coisas estejam assim, para quê mudar? Eu não mudo a minha rotina só para que seja diferente, mudo se acho que preciso de mudar. Há uma série de valores que defendo, e que podem ser tomados como conservadores. E isso é mau? Não me parece. 
Não consigo resolver este imbróglio. Vou tentar mais uma vez: não me parece que conservador seja sinónimo de antiquado e o contrário de progressista. 
Isto para dizer que estou um bocado farto que se use conservador apenas no sentido pejorativo.

A música de hoje dá ares de consevadora. Conservadora não, mas sim num estilo mais acústico/clássico. Regina Spektor possui uma das vozes mais fascinantes da música actual. Lançou um novo registo há poucos meses no qual se pode ouvir este Eet.


Fim de Crónica

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Crónica de Twitter

A música do dia de hoje foi esta:



Não porque eu esteja a chorar pelo amor, mas porque foi um dia que mesmo em tons de cinzento conseguiu ter a alegria que a música transmite. E lá vim eu a cantarolar isto a caminho de casa.

Fim de Crónica

domingo, 16 de agosto de 2009

Teorias da noite

Meus amigos,

Já é bastante tarde, mas chegado de uma noite onde vagueei por bares e onde desenvolvi uma teoria pouco inovadora sobre a noite, sinto-me obrigado a vir aqui partilhá-la. Agora sim, porque dúvido que me lembre dela com o pormenor que me lembro agora, noutra altura. Prefiro correr o risco de ter um texto mau, mas fresco.

Então vamos lá.
Independentemente do sítio onde vou, dificilmente esse local me pode condicionar no meu indíce de divertimento. Há sítios que gosto mais que outros. Mas dificilmente um ambiente pode mudar o meu estado de espírito. Há duas coisas que determinam o tal indíce de divertimento: com quem vou e como vou.  É determinante o grau de empatia com as pessoas com que se vai por aí (isto parece uma frase que podia figurar numa página da Maria). Mais do que tudo o resto, o que fica das noites é a experiência, e se não for partilhada com alguém com que haja empatia, a experiência pode não ser brutal. O outro factor é menos controlável. O "mood" como os ingleses dizem. Se não estou para aí virado dificilmente pode ser o noite divertida. 
Então o que achas? Não há nada de novo!? Como não? Bem, és capaz de ter razão...

Não. O parágrafo anterior serviu apenas como introdução a este que agora escrevo. É um mito que as pessoas acham divertido sair à noite. Basta olhar para cara de muitas delas. Estão de trombas. Talvez porque falta a tal empatia com os companheiros. Talvez porque não estejam no "mood". Mas o certo é que existe muita gente na noite a olhar para o infinito, à procura de algo que não sabe bem o quê. Pode até estar com alguém conhecido, mas se não existe empatia, a tendência é para colocar as trombas e olhar em redor.
A música também não ajuda. Invariavelmente a música de batidas repetitivas não entusiasma por si. Não proporciona ritmos dançáveis, não dá para cantar, serve apenas para ocupar espaço, alimentando assim a solidão colectiva dos que ainda se encontram de trombas. E por isso digo, há por aí muita gente triste na noite. Atenção para eles também. 

Inovador?

Para musiquinha, os Grizzly Bear trazem "Two Weeks". Um belo tema de fim de tarde, e que tem uma bonita remistura de Fred Falke que não tenho aqui à mão para vossas excelências. Fiquem para já com o original.


Fim de Crónica

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Campo de férias

Desde há uns anos que queria animar um campo de férias. Este ano tive finalmente a oportunidade de o fazer. É gratificante, exigente, extenuante, libertador. É espaço de realização pessoal e de viver para os outros, os animados. Por animar para quem animei, por não conhecer à partida o que ia animar o campo podia ser uma caixa de surpresas. Não sei se devo contar muito mais. A poeira ainda não assentou, as memórias ainda pairam no ar, pode-se dizer que ainda não saí do campo.
O que lá se passou pode ser visto aqui e está aqui para ser partilhado com o mundo.

Ouvi este "Imagine" cantado desta vez por Jack Johnson e gostei. Acho que se adequa a esta ambiência destes dias.



Fim de Crónica