Começou a época do festival de verão.
Não sei se porventura terão reparado mas eu até gosto de música. Por isso um festival é sempre um acontecimento. Seja pela televisão, rádio, imprensa escrita, gosto de acompanhar as incidências dos festivais, como quem acompanha a sua equipa favorita de futebol.
Infelizmente, por motivos de agenda até ao festival Sudoeste do ano passado tinha sido impossível estar presente em eventos desta natureza. Este ano, pelos mesmos motivos de agenda, volta a ser difícil estar em muitos deste eventos, mas não quis deixar de regressar a um ambiente que sinceramente gosto. Pela primeira vez estive num Super Bock Super Rock, um festival com tradição que desde a sua 10ª edição cresceu, passando a figurar na lista dos grandes festivais portugueses. Ainda me lembro deste festival passar por Coimbra. Na altura creio que estiveram por cá os System of a Down.
Já vai na 15ª. Já o sol se punha no estádio do Restelo quando faço a minha entrada no recinto. Ambiente de festival, sim, mas limpo. O modelo campista não faz sucesso por estes lados. Os cheiros sim, são de festival. Saudades. Saudades também das pessoas bonitas dos festivais. Não sei se é conclusão precipitada, mas pela amostra dos festivais onde estive, as pessoas bonitas têm bom gosto musical. Isso é naturalmente de saudar.
Cheguei mesmo a tempo dos Mando Diao, que há bem pouco tempo passaram por este blogue. Fizeram um bom final de concerto. A primeira metade não me encheu as medidas. Músicas pouco conhecidas, difíceis de agradar ao meu ouvido. Mas a coisa lá se compôs quando tocaram alguns temas conhecidos do último Give Me Fire. O momento mais alto coube ao single Dance With Somebody. Nota positiva.
Depois houve alguns minutos de espera na fila para pedir 27 farturas e deixar a senhora da roulote de boca aberta. A boca também foi abrindo durante o concerto da Duffy. Não pelo sono, mas pelo alimento que ia entrando. Voz impersionante, mas a esta hora estava-se bem na bancada a comer uma fartura.
Os tão esprados Killers fazem a sua primeira aparição em Portugal. Entram a matar com Human (vídeo abaixo), e quase que fazem o KO com Somebody Told Me que os lançou para a ribalta. Mas aguentam-se. Até ao fim houve entusiasmo, houve saltos, e no fim quase não havia voz. O público vibrou intensamente a cada música mais conhecida que a banda de Brandon Flowers ia tocando. Algumas músicas do novo álbum tiveram uma recepção mais tímida. Registo para a repetição de Spaceman, o novo single de Day & Age. Bem que podiam ter repetido outra, mas com entusiasmo da altura proporcionou-se. Uma excelente hora e meia de concerto que passou num instante. Justificaram o bilhete. Voltem depressa.
Sugestão para próximos festivais? Talvez. Bat for Lashes são ingleses, ali para os lados da electrónica, mas assim muito calminha. Vão fazer parte da digressão dos Coldplay. Brevemente andarão por aí. Já nenhuma banda dispensa um concerto neste canto da Europa. Os Coldplay andam um pouco esquecidos...
Fim de Crónica
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