domingo, 2 de novembro de 2008

Porque fantasmas?

A ideia que trago esta semana veio de uma conversa sobre a minha adaptação à capital. Alguém me disse que Lisboa é uma cidade fantasma nas noites de semana.


Foi este o meu pensamento dominante. Numa cidade em que os jovens trabalhadores prolongam a sua ineficiência por horas extraordinárias, numa cidade onde amigos não se vêem durante várias semanas é natural que é difícil marcar o que quer que seja depois de um dia longo de trabalho. Salvam-se honrosas excepções: teatros, cinemas e concertos. Muitos concertos, mas a preços proibitivos para quem, depois de pagar a renda da casa, pouco lhe resta para a farra.

Salvam-se ainda os jantares às quintas-feiras. Esta quinta havia vários jantares mas que no fim resultam num só. Um jantar de antigos estudantes de Coimbra a viver em Lisboa. São muitos, muito mais do que aqueles que estiveram presentes e preparam-se para tomar de assalto a capital e alargar o seu poder de influência. Está a ser um começar de novo, depois de terminado, e esta ideia agrada-me. Agora com um novo lar e alguns haveres que foram transportados de casa.

Mais uma semana pela frente. Cada vez custa menos. Eu se que não sou fácil à primeira vista. Tens me dar tempo Lisboa. Mas estás no bom caminho.

Não conheço nenhuma Kelly, mas se conhecesse já lhe tinha cantado ao ouvido esta malha dos australianos Van She. São muito bons, e da Austrália. Não tenho culpa, é a minha onda agora.



Fim de Crónica

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