Ao contrário do que possa parecer, neste post não vou fazer futurologia. Vou continuar a cultivar a minha veia de escritor de fim de semana para recordar a semana que agora chegou ao fim.
Continuo sem coragem para escrever do meu novo local de trabalho. Julgo que esse passo estará para breve.
As segundas-feiras são difíceis. Um fim de semana não dá para matar todas as saudades de casa. E de repente, a segunda semana parece que vai correr muito pior que a primeira. Tinha uma vontade enorme de estar uma semana em casa e só depois retomar a vida de capital.
A sala que me acolhe continuou confortável, mas urgia procurar algo definitivo, algo que possa chamar de meu. Telefonemas, pesquisas na net, jornais e muitos mais. Efectuou a minha lista branca de casa. Mas elas parecem cair como um castelo de areia. Já foram alugadas. São sete cães a um osso. Felizmente há algumas que se mantêm de pé e que se aguentam à intempérie. Uma tarde. Muitos quilómetros. Uma peregrinação em plena Lisboa a ameaçar chuva e a bater de vento. Foram quatro de seguida. O cansaço adia a decisão por um dia. Conversas, telefonemas e decisões. Fumo branco.
O barulho vai-se silenciando com o passar dos dias. A sala já é um bocado minha, mas não convém acomodar-me. A rotina criada parece cada vez mais familiar e andar de metro pela manhã já não é estranho. Lisboa vai deixando de ser estranha.
Daqui a cinco anos? Pois é uma música muito engraçada dos Noah and The Whale. Tenho por hábito fazer grandes projectos, mas agora quero mesmo não pensar muito no que vou estar a fazer ao cabo de cinco anos.
Fim de Crónica.
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