Tempos houve em que queria ser controlador de tráfego aéreo. Tempos houve em que queria pilotar um avião, ao mesmo tempo que uma bela hospedeira me trazia um tabuleiro de saborosa comida de avião. Houve tempo para tudo, desde dentista, a professor de Matemática, o clássico jogador de futebol, que depois do aparecimento de José Mourinho passou a ser treinador de futebol. Desejo esse que era completo com tardes de entretenimento em que levávamos o nosso clube de bairro à vitória na liga dos campeões.
Pelo contrário, amanhã corta-se a meta de uma etapa. Longa por sinal, no contexto actual, e no contexto afectivo em que se encaixou. Dois anos depois vou largar esta cadeira de onde escrevo. Mas calma, por muito que isso seja o que está no meu subconsciente, amanhã é a última etapa. A meta estará todo o dia aberta a quem quiser entrar pelo Centro Cultural de Belém. Depois disso, arrumar a casa, embalar a trouxa e zarpar. Porque tudo tem um tempo, e Coimbra teve o seu. Por ora, resta saborear e absorver o que ainda gosto de Coimbra: a minha casa, o Parque Verde, o CUMN, a alta, os restaurantes da baixa, o tempo, os meus.
Para acompanhar a leitura do post sugiro Shooting Star do Air Traffic, retirado do Fractured Life lançado no ano passado. Foi uma descoberta engraçada esta música, apesar de soar um pouco vulgar, soa mesmo bem e quase que puxa a lágrima.
Fim de Crónica
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