terça-feira, 17 de junho de 2008

Redes e contactos

Hoje queria deitar-me cedo, e não me deitei. Fico a arrastar-me pelos pedaços de mobiliário, tenho preguiça de ir dormir, porque tenho de subir escadas, porque tenho que destapar os lençóis, porque tenho de cumprir uma série de rituais antes de adormecer, e tudo isso dá muito trabalho.


Medo? Quem? Eu? Porquê? Não vejo como. Descoberta cinematográfica decepcionante, que só me faz transportar para um futuro próximo. Um futuro isolado, em que temo a solidão, e que a rede me pode salvar. Posso percorrer várias vezes a lista de contactos. Para cima, para baixo. Posso percorrê-la sem parar, e não encontrar ninguém a quem me agarrar. Tudo me parece tempo demais. Tempo demais para estar agarrado à rede, sem me consiga desfazer dela. Tudo isto para quê?

Já são demasiados dias sem qualquer vitória. Sem um mimo daqueles que aprovo, valorizo, agarro-o com as duas mãos, e me enche até ao fim do dia. E agora? Medo dos alemães? Tenho sim. Eles são grandes e maus.

E se eu pudesse oferecer algo a um pobre? Não sei se é disso que a canção fala, mas o título assim o sugere. Não me dei ao trabalho de perceber a letra, fiquei-me pela batida e pelo encadeamento sonoro que acho fantásticos. Senhoras e senhores, do último álbum dos Infadels, Free Things For Poor People.


E já passa da uma. Fim de crónica.

Sem comentários: