sexta-feira, 9 de maio de 2008

Dia 6: Jantar JSC e Chá Daçante - 5h37

Chegar a casa acompanhado e com gente para conversar e fazer a pergunta: "De onde vieste?", é facto em noite de queima. Vindos de sítios diferentes apenas os desencontros nos horários me deram esta possibilidade. O Chá não foi o mesmo do ano anterior. Em termos de espectáculo de entretenimento ficou a milhas de outros a que fui assistindo. Valeu por ter separados por alguns metros as minhas duas famílias adoptivas (e afectivas). Jacarés e CUMNistas separados por metros. Saltar entre famílias, pedir a membros de ambas as famílias para ir tirando fotos comigo e todos outros elementos da família que não estava a ser fotografada.


Está a tornar-se uma rotina salutar e muito apreciada por mim o jantares Jacaré Social Club (JSC). Entre as casas dos membros deste restrito clube, a organização é a cargo de todos. Desta vez o Pita acolheu-nos no seu lar. Não somos um grupo fechado, e por isso a mesa estava partilhada com um outro grupo, que não revelou ter um nome de baptismo. Leitão é uma iguaria que bastante aprecio, regado com um bom vinho, com boa companhia à mesa, num local com uma vista fantástica sobre a cidade e o rio, não podia pedir mais. Havia um quarto de século para festejar, e ver uma companhia que apesar dos milhares de quilómetros de distância, continua a ser um jacaré de corpo e alma. A tecnologia permite que o jacaré americano, se coloque à mesa do jantar, beba das nossas garrafas, tire fotografias com os outros jacarés presentes. O ambiente de jacarés, ao contrário do que se possa supor é muito agradável, conversa puxa conversa, há vultos de piadas de nível superior entre nós que nunca deixam morrer o ambiente à mesa. De estômago cheio, procura-se votar uma solução para a próxima paragem. Já tinha formatado a minha cabeça que iria para o chá dançante. Por cansaço, ou simplesmente porque não era esse o seu desejo, outros jacarés decidiram rumar a outras paragens. 

Facilitada a chegada ao chá daçante por ser transportado por um veículo da organização, deparo-me com um enormidade de gente às portas para comprar bilhete, para entrar, a tentar entrar por onde se compra bilhete. O bilhete para-me nas mãos, e de repente, a porta do cavalo abre-se, e a multidão entra. Há um jacaré que não cumpre a etiqueta. É recambiado para casa, para mudar a indumentária. Dentro da tenda, Herman José canta os seus poucos mas divertidos sucessos. Anuncia a sua última música. E não enganou. Pensando eu que já tinha chegado mesmo tarde, e que tinha perdido grande coisa, posteriormente fui informado da curta actuação deste artista. Lamentável. 
Do cenário já nada resta. Pouco esferovite novamente, houve uns candeeiros pendurados no tecto, e pouco mais. Pouco material para tanta bengala. O ambiente quente provoca sede, e apesar da confusão arrisco. Mais fácil do que pensei, afinal aprende-se com os erros. O sector das bebidas estava bem melhor. 
A família CUMN começa aos poucos a aperecer. Agora o tempo divide-se, ora quinze minutos nima família, ora quinze minutos noutra. Ora foto de um lado, ora foto do outro. Diferentes os comportamentos das duas famílias, uma mais activa fisicamente, vai-se mexendo com os ritmos da música, outra mais faladora, vai conversando entre si, contando piadas, mandando bocas... E assim foi durante algumas horas. Até a família JSC se retirar para a barraca das bebidas, vá-se lá saber porquê... A Estudantina passa pelo palco. Chegados mais membros família CUMN só arrastado para outra zona, mais próxima do palco onde há dança muita dança. Não resisto. Ainda não havia experimentado nesta queima, já tinha decidido que este ano não dançaria. Mas dificilmente faria pior que isto:



Então lancei-me à pista e deixei-me ir. Não consegui, apesar de tudo, evitar alguns movimentos descoordenados. Foi divertido. A música essa não ajudava. Ora não gostava, ora era alguma coisa que até era dançável e agradável. Mas na globalidade, a desadequação ao estilo musical foi grande, gritante, um exagero.  
No ano transacto, à falta de placas de esferovite, respondeu-se com milhares de bolinhas, projectadas por canhões. Olhava para um lado e para o outro e nada. Nem sinal de esferovite em bolinhas. A espera foi longa e não deu mesmo resultado. Cansado e preocupado porque afinal ainda era sexta-feira, fui-me despedindo, de forma longa e demorada. A família ainda é grande. 
Estar com quem gosto é o melhor da queima, e mesmo que o show não tenha tido a espectacularidade de outros tempos, se pudesse tinha ficado mais, porque o relógio tinha passado rápido.

Fim de Crónica

1 comentário:

micose_ou_mifrita disse...

Aconteceu-me precisamente isso há 2 (ou terão sido 3) anos atrás.. as Minhas 3 familias, juntas, no mesmo espaço, e eu a saltar de uma para a outra. CUMNistas, pessoal de casa e Castelo branco (que incluo no mesma família) e amigos da ABAF e faculdade.
Foi muito fixe e totalmente inédito, tê-los todos ali..separados por uns metros.