quarta-feira, 7 de maio de 2008

Dia 4: Garagem e Clã - 4h03

Nem sei o que dizer. Não tenho grande coisa para relatar. Ir à queima como espectador de concertos é estranho. Ir à queima sem beber cerveja é estranho. Sentir que se não houvesse um jacaré desencaminhador que me forneceu carimbos de passaporte para todos estas noites, não teria saído de casa. Sentir que o concerto não execedeu as espectativas, estranho. Nada disto é normal. 

Curioso para ver o Clã ao vivo, procurei companhia durante o dia para que ver um concerto não fosse uma experiência de solidão colectiva. Acertada companhia, surge então um convite para digestivo numa mítica garagem. Convencido de que a garagem estaria super povoada, e de ambiente cheio, levei-me para lá de carro. Afinal eram poucos mas bons. Conversas à volta de música, workshops de música, tudo à volta de música. Falta de líquidos obriga a deslocação onde se fica a conhecer um belo circo.
Aproxima-se a hora do concerto e sigo até ao recinto. Mind da Gap no palco manifestam-se contra os movimentos pré-determinados dos seus espectadores. Hip-hop, please stop. Ao vivo é ainda mais estranho. Apesar do meu tom de pele a tender para o escurinho os ritmos da música chamada negra não me dizem mesmo nada. Aproveito para tapar buracos na zona de restauração, e saudar o regresso das pizzas zodíaco.
O lado esquerdo do ecrã contínua a ser a zona de concertos. Clã em palco. Manuela Azevedo é a cara, e tudo o que se possa imaginar na banda. Qualidade vocal impressionante. Não era grande a espectativa para este concerto. Não me conseguiu surpreender na maior parte do tempo. Tirando uma versão acústica do Sopro do Coração, a única surpresa que não me agradou por aí além, foi uma cover da Britney Spears. Apesar de muito melhor que o original, não me cativou de todo. A sensação que me ficava ao longo do concerto é que os Clã são muito bons a criar músicas pop, mas gostam mesmo é de rock. O pop é só para assegurar a sua "sobrivivência". É a minha opinião, e vale o que vale. Não é uma das minhas bandas de eleição, e não passou a ser durante este concerto. Outra sensação que tive foi a de estarmos perante uma banda com sucessos antigos, e que está a ter dificuldade em fazer passar o novo disco. A vibração do público às músicas antigas é muito maior. De 0 a 10 dava um 7 a este concerto dos Clã.

Este post é de um estudante cadáver, cujo candáver círcula pelas noites do parque, mas que jamais voltará a ser estudante. Para quem estiver interessado fica aqui o preço do meu cadáver no dia de hoje.


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Em euros fica por 2.873,37€.

Fim de Crónica



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