quinta-feira, 24 de abril de 2008

Ponham-se a andar

Amigo leitor, não, não te estou a enxutar deste serviço de atendimento. És sempre bem-vindo, e se comentares tens mais hipótese de atingir o céu, e as não sei quantas virgens. Ai não, isto não é da minha religião... esquece lá isso.


Se o intuíto deste post era ser lido por todos os peregrinos que vão partir no comboio das nove e qualquer coisa, mas que vai estar parado em Degracias até amanhã de manhã, sei que já vai tarde. E por isso o que sei vai aqui passar não é mais que uma mera libertação de ansiedade, ao mesmo tempo de medo, não sei bem de quê. Talvez de todas as seguranças e confortos que me vão ser tirados nos próximos dias. O que me dá algum conforto é já me terem tirado o conforto todo algumas vezes, e eu ter gostado. Desta vez a pequena (grande) diferença é que das outras vezes fui servido, e desta vez vou servir. Todo o tempo que eu precisava para me encontrar, para pôr a conversa ideia, saber o que achas sobre as decisões que quero tomar, por onde passa o futuro. Queria ter tempo para saber onde estou a pôr todas as minhas capacidades a render, mas só vou ter tempo para pôr as capacidades a render. Queria não desconfiar, não ter medo, por isso passo-te o controlo, e ponho-me onde precisares de mim. Amanhã na estrada, a limpar locais nauseabundos, a fazer parvoices, a azenhar? Combinado?

A imagem que traduz o que sinto, está na última campanha publicitária da Galp. Com uma pequena diferença, somos 15 pessoas a empurrar um autocarro cheio com 120 peregrinos. Mas o autocarro vai andar para a frente na mesma. Acho que é mais difícil a selecção chegar a Viena para lutar pelo caneco, do que chegar a Fátima com a caneca.


Fim de Crónica

Sem comentários: