quinta-feira, 6 de março de 2008

Crónica de um fim de semana curto

O início da vida de trabalhador é uma caixa de conteúdo variado. Nessa caixa, há coisas boas e coisas más. Uma das coisas que, na minha opinião, é um rebuçadinho desta caixa são os fins de semana. Estabelecido que está o horário semanal, o fim de semana é efectivamente usado da forma que o seu criador idealizou. Dois dias de descanso exterior. Dois dias em que o cérebro desliga da corrente a que esta ligado durante a semana, para se ligar a outra corrente. Pode ser a da imaginação, a do abobranço, a do azenhanço, a da parvoíce gratuita, entre outras correntes que sejam diferente da energia produzida pela semana de trabalho.

Lembro-me do primeiro fim de semana de grupo a que fui. O que me custou. De repente lembrei-me de mil e uma coisas que tinha para fazer em casa, entre as quais a bela tarde de sábado no sofá a ver a premier league. Um marco semanal na vida de qualquer fanático de futebol espectáculo.
Como as coisas mudam? Uns quantos fins de semana depois do primeiro, sinto que este último foi curto, demasiado curto. Devia-se ter prolongado para a semana que agora começou.
De Sexta a Domingo, recolhidos num local secreto desse Portugal imenso, houve tempo para conversas mais ou menos profundas, para piadas mais ou menos secas, para momentos para olhar para dentro e outros para sair para fora, para refeições em família, para banhos de sol e água, para aquelas conversas do tipo primeira viagem de estudo do 8º D em que a conversa se prolonga pela noite dentro, e nem um boa noite consegue dar a conversa por terminada. Houve tempo para tudo, mas pouco tempo saborear todos estes momentos.
Respondendo concretamente à pergunta, o que mudou foi a forma como olho para os outros, como me relaciono com todos e cada um. E assim é natural que deseje o prolongamento do fim se semana por vários dias, meses ou anos.



Este é um grande vídeo para marcar o fim de um post de grandes recordações, com a promessa que não me esquecerei, que queria que hoje fosse sábado, mas que temos a nossa vida aqui e agora.

Fim de Crónica

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