2007 foi um ano demasiado rápido, ainda assim deve ter sido o ano em que estive mais horas acordados, o que constitui um contrassenso, porque foi de facto um ano rápido.
Fica marcado por algumas experiências marcantes. Uma delas foi a formalização do Jacaré Social Club, um grupo que vai marcar este novo ano, ou talvez não. Uma das características deste grupo são as Tours, ou seja, as viagens deste grupo de jovens sediado em Coimbra, e que se lança para o mundo. Todos os Verões há uma digressão ao sul do país para aproveitar um belo período de férias, com praia, com sol, com míudas, com música, com copos, muitos copos.
Este ano fica marcado também pela primeira tour internacional, a tour italiana, que foi um sucesso. Passando por Turim e Milão, este grupo de jovens foi espalhando o seu charme.
Agora em 2008, há que fazer a revisão da matéria dada de uma tour que vai ficando, e tornando-se uma tradição cada vez mais sedimentada, a tour de fim de ano. Este ano por terras algarvias.
Chegados a sul, depois de passar pelo nevoeiro, com promessas de aparecimento de D. Sebastião, e com descontrolo dos aparelhos de navegação, houve um primeiro momento com jantar, aniversário, uma grade de minis esgotada, comida que nunca mais acabava, poker, vinho... Dia seguinte: praia com banho em pleno inverno, um reabastecimento de mantimentos, jogo nocturno na praia dos três irmãos. À noite há que abrir caminho e conhecer o sítio certo para ir na última noite do ano. Regresso ao lugar do costume, a clássica caiprinha de Alvor, indispensável numa visita nocturna a alvor. Onde andam as pessoas? Pouca gente na rua. Voltam-se agulhas para a praia da rocha, onde se pode ver que as multidões continuam escondidas. Procura-se um sítio onde se respeitem as cotas mínimas de presença de mulheres em espaços nocturnos. Tal não é possível de modo que tenta-se um espaço com entrada gratuita. Aguenta-se bem mais do que pude alguma vez esperar, reencontram-se companheiros de refeições a meio da tarde, que migraram para outras paragens, fui discriminado por ser de Coimbra, e quando as pernas não aguentam mais, toca a ir dormir.
Sol de Inverno abrasador, que engana os turistas mais distraídos, e que nos faz transportar até a um Verão com poucos banhos. Depois de um período de solário, qual abóbora estendida na esteira, havia que fornecer um meio de sobrevivência para os moluscos, a água salgada do mar. Após dez minutos de banho pela cintura, ganhei coragem e deixei-me tentar por um delicioso banho de mar. Por momentos pensei que era mesmo Verão, não sentia qualquer frio. Quase o sol se punha, quando um colorido anormal vem do céu, o colorido de algumas dezenas de paraquedistas que preencheram os céus de Alvor no último dia do ano. Cada um que molhava os pés era festejado como se de um golo se tratasse. No fim os seus aviões efecturam voos razantes plenos de espectacularidade. Já a noite caía, e chegava à hora de ver que os Jacarés dominam a cozinha. Um menu ao nível de qualquer hotel de cinco estrelas, regado com qualidade, só faltou o requinte de uma mesa de hotel, que por mim é de todo dispensável.
Há coisas a que não podemos chegar atrasados, porque simplesmente não podemos atrasar o tempo. Foi já perto das doze badaladas, depois de analisado o perfil orográfico da região, concluí que o farol de Ferragudo seria o lugar ideal para assistir a um espectáculo de fogo amplamente publicitado. Acontece que mais gente fez a mesma análise o que provocou filas de trânsito no acesso, e foram sucessivos atalhos entre estrada e caminhos de terra batida que nos fez chegar ao meio do mato, a cerca de 200 metros do local pretendido. Sem a visão desejada, apenas os fogos que subiam pelos céus faziam vibrar os jacarés. Depois veio uma série de primeiros eventos de 2008, champanhe, passas, excreções, piadas, piadas secas, filas de trânsito, e o regresso ao hotel de cinco estrelas para finalizar a refeição deixada a meio, e um reabastecimento final em casa, pois em todas as outras áreas de serviço, o combustível para uma noite de farra estava grandemente inflacionado. Voltando aos locais da noite anterior, seguimos uma pista que vinha da noite anterior que não se veio a confirmar, a discoteca mais badalada do barlavento, com enchentes sucessivas no Verão estava encerrada. Seguindo os mesmo principíos da noite anterior, foi procurar um sítio entre as várias ofertas, todas elas apetrechadas de pessoas por todo o lado. Bares que primam pela ausência de clientes durante o Verão, estavam agora repletos de foliões, a celebrar um ano novo. Depois de ponderada discussão, reflexão e análise de todas as propostas, fomos para um desses bares. Mais uma vez, não respeitavam as cotas, o que provocou um inabitual engarrafamento na casa de banho dos homens. Não havia volta a dar, estava decido que as cotas não seriam respeitadas em nenhum espaço da extensa zona de diversão nocturna. Foi mexer o corpo, porque dançar é uma coisa que eu tenho dificuldade em fazer, até não poder mais. E chegada essa altura, deixei cair os braços, e qual petiz fiz cara de amuado, e disse: "não danço mais". O passo seguinte foi as negociações para as viagens de regresso aos respectivos quartéis generais. Dado esse passo, era hora de kiss&cry, bom ano novo, e vemo-nos por aí. Belo fim de ano!! Hein??
Fim de Crónica
P.S.: Esta crónica pode ser completada por todo e qualquer jacaré na secção de comentários,.
1 comentário:
2007 foi de facto o ano da formalização dos répteis do social. Grande ideias com o patrocínio do festival da francesinha do Casino da Figueira. Quanto ao fim de ano falta apenas dizer o estado deplorável do Bobs no final de noite. Nem o treino de meio litro de água russa diária durante um semestre lhe valeram...
Próxima digressão para quando?
Abraço a todos,
Moleque
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