sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Objectos

Trocar de telemóvel é um acontecimento. Hoje, quando se deixa um telemóvel é um pedaço de vida que ali fica. Muitas conversas, muitas escritas, muitos movimentos terá vivido aquele objecto que me acompanhou para todo lado durante dois anos e meio.
Há sempre aquele esforço de tentar levar tudo para o novo telemóvel. Aquele pânico de quem vai deixar parte da sua vida para trás. Mas por outro lado é um apelo ao desprendimento do que são os objectos que vivem connosco.

Ainda assim, fiz uma task force para não perder os contactos que tinha no outro telemóvel. É um exercício engraçado escolher quais os contactos que quero manter. Há várias categorias: aqueles que já não me lembro quem são, aqueles com quem estive uma vez, aqueles que conheci uma vez em Inglaterra e que há mais de dez anos que não falo com eles, aqueles que fiquei com o número para combinar futeboladas, aqueles que estão lá por conveniência, há família e os amigos, aqueles que arrancam um sorriso quando salvamos o seu número da fossa.

Tudo isto acompanhado de uma boa música é uma dinâmica engraçada. Os Golpes decidiram ser a banda sonora deste momento.


Está na hora de escolher o seu par!!

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Rajada

De repente houve uma rajada que passou por aqui enquanto lia aqui umas coisas que não têm nada a ver com o assunto. E assim se agarra um assunto com medo que ele fuja.

O que é que eu posso dizer quando alguém diz "Love Get Out of My Way"? Posso dizer que é uma burrice grande, porque a vida sem amor é difícil de entender. Só posso entender esta frase à luz de uma enorme deturpação do conceito de amor. O amor que se fala aqui é um estado doentio de paixão cega no qual se vê pouco mais do que aquilo se diz que se ama à sua frente. Tudo o resto desaparece do pensamento. Se isto se chama amor? Daquilo que tenho experimentado, talvez não. Mas aceito que alguns se chamam assim. Afinal é apenas um problema semântico. A ideia eu percebo-a e até concordo. Porque este "amor" coloca um peso sobre os ombros que se arrasta para qualquer lado que se desloca. Destrói quem o carrega. Em suma, que esse "amor" saia do caminho e venha o verdadeiro, o desinteressado, o que constrói.

Afinal os Monarchy têm razão. Carrega no play.


Toda esta profundidade para acabar numa música electro-pop é sui generis. Ainda se vão pôr para aí a dizer coisas.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Arranque

Apagou-se o texto todo que tinha aqui que era uma metáfora bonita sobre motores, arranque e velocidade cruzeiro. Estou com preguiça de o voltar a escrever. Fica a ideia que é difícil arrancar depois de parar. Nada de muito elaborado, mas custa-me recordar a metáfora que tinha feito.

Tenho aqui uma música que me chamou a atenção há umas semanas.


E pronto, já está.