segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Derrubador de Barreiras

Há alguns dias que ando a pensar nisto: será que o tempo faz-nos gostar mais dos outros?
Será que por passarmos muito tempo com alguém podemo-nos apaixonar por esse alguém?
Confesso que não consigo arranjar resposta para esta pergunta. Se por um lado acho que o tempo deixa cair barreiras e faz com que consigamos entrar na profundidade do outro, por outro há anti-corpos que se criam à partida e não mais são retirados.
Acho que a chave está no ponto de partida. Se houver pré-disposição para deixar cair as barreiras que nos levam ao interior dos outros isso será mais fácil que isso aconteça. Mas às vezes as barreiras são inultrapassáveis e pode ser uma primeira impressão que fica, um comentário de alguém, ou simplesmente aquele mau humor que nos ficou. Um olhar impenetrável e superior, é muita vezes construir um muro. Quanto tempo será preciso para derrubar estes muros?

Da Suécia chegam The Sounds, banda conhecida pelo tema Tony the Beat (música do anúncio da Vobis) que já aqui passou. Lançaram em 2009 um novo álbum, de onde quero destacar o Home is Where Your Heart Is. Sem ser a rebaldaria que era Tony the Beat, é uma canção a rasgar mas com uma letra de puxar à lagriminha. Apesar dos suecos serem conhecidos pela sua insensibilidade, isto é a mais pura das verdades. Onde está o meu coração? E o teu?



Fim de Crónica

2 comentários:

Francisco Tavares disse...

Acho que o tempo apenas ajuda a aprofundar e enraizar as escolhas que fazemos.
Em última análise o que derruba barreiras são as tuas escolhas movidas pela tua vontade consciente.

Depois vem o tempo e torna as consequências dessas escolhas mais fortes.

Um muro que leva uma marretada, se levar uma marretada no sítio certo, depois é só esperar algum tempo que ele acaba por cair...

Tenho como experiência pessoal o seguinte: decidi que a estante onde está assente o meu sintetizador era muito alta, e que para a pôr mais baixa devia lá fazer uma artimanha (tão à português...) que envolvia pôr uns fios amarrados a suportarem tensão.
Há duas noites atrás estava eu muito bem ao piano quando...crash!
Tudo no chão.

Eu fiz a escolha: amarrar com fios e deixá-los em tensão.
O tempo fez o resto.

Até amanhã Sr.Zé!

Inês Caeiro disse...

Esta música é incrível..! Beijinho