Comecemos então esta pequena história.
A minha história de vida fala-me de um tipo que sempre se interessou pela política, pelos problemas do país, por pensar como os meus problemas do dia a dia podem ser resolvidos. Não gosto nada de estar longe da actualidade. Tive algumas breves incursões pela política das associações de estudantes sempre com pouco sucesso. Nunca me identifiquei com a forma como se fazia política em Portugal, a tentar aproveitar a mínima falha dos adversários políticos para destruir. Acho que a construção de um país melhor deve ser feita de consensos alargados e de propostas vindas dos vários quadrantes políticos. Nunca me identifiquei com a ideologia de esquerda ou de direita. Acho que são espartilhos políticos que algumas vezes reduzem a margem de manobra dos políticos. A política para mim é um serviço à comunidade, um sacrifício em prol dos outros, e não um espaço de aproveitamento pessoal. Até há cerca de um ano não encontrava nenhum partido político que pensasse da mesma forma que eu.
Há cerca de ano e meio tive a oportunidade de conhecer o Rui Marques, presidente do MEP, num registo informal. Ele falou dos projecto de um partido que na altura estava a pensar formar. A maneira como ele foi descrevendo o partido foi muito clara, e achei que finalmente ia haver alguém na política portuguesa que tinha uma forma de pensar com a qual me identifico.
Longe de mim pensar que seria candidato, mas de facto fui convidado pela direcção do MEP para participar neste projecto e estou em 8º lugar na lista de Coimbra.
À medida que vou conhecendo os outros candidatos sinto que também eles estão na política para servir. Podiam estar no sofá a assistir a estas eleições, podiam continuar o trabalho fantástico que muitos deles desenvolveram em ONG e IPSS, mas decidiram que estava na altura de fazer política de maneira diferente em Portugal.
O programa do MEP está disponível na página. A grande maioria de nós não tem tempo nem paciência para ler os programas políticos de todos os partidos candidatos, e por isso muitas vezes achamos que a nossa decisão nunca será bem fundamentada.
Se a indecisão ainda paira no ar, talvez não seja uma má ideia ir perguntar à Bússola Eleitoral onde me posiciono.
O programa do MEP tem 160 propostas concretas. É um programa incompleto, como creio que serão todos. Mas o MEP não quer ser proprietário das ideias que estão no programa. O interesse do MEP é que elas sejam postas em prática seja por quem for.
Como o tempo é curto nos dias de hoje, deixo também uma entrevista de Rui Marques à Antena 1 que considero bastante esclarecedora. Admiro a clareza e objectividade dele. O seu passado fala por si: o Lusitânia expresso, a CAIS, o Fórum Estudante e mais recentemente no Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas. Em todos estes projectos deixou marca. Espero que no domingo chegue ao parlamento.
O que venho pedir é que se o projecto vos diz alguma coisa não deixem de votar no domingo. O voto útil é aquele que corresponde às nossas convicções, não deve ser um voto de protesto. O MEP tem boas hipóteses de eleger um deputado por Lisboa (quem sabe se não haverá bónus), mas o voto é importante a nível nacional. Convém lembrar que para que a mensagem da política da esperança chegue mais longe o partido precisa de garantir o correspondente financiamento do estado, que só está garantido se o total nacional de votos for superior a 50000. Daí por diante o partido recebe uma quantia por cada voto. Estejam onde estiverem o voto convicto no MEP é um voto útil e creio que não desiludirá quem depositar a sua confiança em nós.
Sensatez é o que se pede aos eleitores e aos políticos que a partir de domingo assumirem responsabilidades na construção de um Portugal melhor. Sensatez é também o nome da música que vos deixo do Real Combo Lisbonense.
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Era uma vez um partido
Crónica Zé David às 23:57 0 posta(s) de pescada
Etiquetas: Real Combo Lisbonense
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Mais adiamentos
Isto está complicado de tempo. Entre trabalho, mudanças, viagens e campanha a tão aguardada teoria está sem tempo para sair. Mesmo assim continuo a ouvir música e bastante. Por isso não quero deixar de contribuir para aumentar o grau de satisfação dos meus leitores. De facto é engraçado recorrer à imaginação cinéfila para imaginar alguém que está a ler o blogue, clica no vídeo para ouvir a música, de repente coloca as colunas no máximo, salta da cadeira em frente ao computador e começa a dançar abanando a cabeça freneticamente.
Fica aqui um pedaço daquele que é até agora um dos grandes discos do ano. La Roux um duo britânico que este ano editou o seu álbum de estreia com o mesmo nome. Fica aqui o terceiro single I'm Not Your Toy, uma das mais cativantes deste mesmo álbum. Apesar dos sintetizadores parecerem bastante ridículos, a música é de fácil adaptação ao ouvido.
Crónica Zé David às 09:14 0 posta(s) de pescada
Etiquetas: La Roux
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Pedimos desculpa pelo incómodo
Ando a desenvolver uma teoria sobre as cidades, o seu tamanho e a maneira como as pessoas vivem com as mudanças de cidade. A teoria está bem consistente, mas ainda necessita de amadurecer. A vontade de escrever não é grande.
Para não ficardes sem música aqui fica uma música de anúncio de cerveja que eu aprecio. Ambas.
Air Traffic directamente de Bournmouth com No More Running Away.
Crónica Zé David às 23:57 0 posta(s) de pescada
Etiquetas: Air Traffic