Olá! Estão bons? Está calor, não está? Já não era sem tempo. O único inconveniente é a falta de um chinelo confortável para circular pelas ruas de Lisboa a pé. Sendo assim, tenho que suportar a estufa que são as minhas sapatilhas em dia de canícula. Pensava eu que era calçado de Verão.
Já chega de dissertações sobre tempo e calçado. Não é sobre isto que queria escrever hoje. Há alguns dias que arrancou a campanha para o parlamento Europeu. Confesso que gosto de política, mas gosto de me manter à margem. Não gosto de ser implicado, gosto mais de criticar e construir de fora para dentro. Também eu me sinto desiludido com a classe política em Portugal. Pode ser até um mal meu, mas vejo mais vontade de destruir do que de construir. Vejo mais vontade de criticar e deitar abaixo do que apresentar soluções que possam de facto resolver os problemas da população. Não é por isso que deixo de ir votar, é a minha única forma de expressão de minha vontade política.
Há coisa de um ano, numa tarde de um fim-de-semana chamado Monstros & Companhia, eu e os restantes Monstros tinhamos um convidado para uma conversa. Rui Marques de seu nome. Não fazia ideia de quem era. Mas à medida que as conversa se foi soltando, fui percebendo que este senhor tinha organizado uma série de iniciativas absolutamente louváveis em nome de causas nobres. Falo do Lusitânia Expresso, do Fórum Estudante, entre outras. Disse na altura que estava prestes a entrar pelo caminho da política. Lançou-se para a criação de um novo partido, o Movimento Esperança Portugal. O discurso dele pareceu-me diferente dos outros políticos. Era um discurso de esperança, de construção de pontes, e não do criticar por criticar.
Fiquei deveras interessado no projecto que semanas depois, já num tom formal fui à apresentação das bases do partido. Dei a minha assinatura para que o partido fosse criado e trouxe mais umas folhas para que amigos assinassem. A minha participação ficou-se por aqui.
Agora que começa um novo ciclo eleitoral, o MEP está aí de novo. Acompanho as novidades do MEP via redes sociais, site e não dispenso os diários de campanha colocados no YouTube. No debate a 13 (!!) na televisão senti mais uma vez um discurso diferente por parte do MEP. A Laurinda Alves esteve muitíssimo bem, e não seguiu a linha de alguns candidates que tornam os debates insuportáveis e pouco esclarecedores. Tal como no futebol, os media dão muito mais atenção aos grandes, e por isso a mensagem pode não passar. Mas com os apoios de figuras muito conhecidas da sociedade portuguesa, começo a acreditar que é possível. Apesar da escassa cobertura, a campanha do MEP já foi elogiada pelos órgãos de comunicação social ao nível organizativo. Diria que é um bom começo.
É possível haver melhor política em Portugal. É isso que espero do MEP. E por isso dia 7 o meu voto vai para para o 6º quadrado do boletim de voto.
Bem a propósito, a banda sonora para hoje é uma renovação. Quatro músicos portugueses da nova geração (Nuno Gonçalves e Sónia Tavares dos Gift, Fernando Ribeiro dos Moonspell e Paulo Praça) pegaram nalguns temas de Amália Rodrigues e fizeram um disco. Agora que já o ouvi todo, posso dizer que é um dos melhores da música portuguesa dos últimos anos. A amostra está a cargo de Gaivota.
Mais uma prova de que melhor é possível.
Fim de Crónica
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