Não é fácil deixarmos alguém entrar na nossa rotina mais próxima.
É mais fácil juntar várias rotinas e colocá-las num sítio onde não há rotina, do que tentar entrar numa rotina de outrem.
Por isso não é fácil a mudança radical. Não é fácil encontrar uma rotina que se possa e se queira quebrar. É mais fácil ir por uns tempos e depois voltar à nossa rotina. Estar fora dela pouco tempo, de tal forma que não seja tempo suficiente para sentirmos a falta dela.
Deixo aqui uma coisa que me tem acompanhado nos últimos. Esta música.
Provavelmente esperavam uma presença mais assídua da minha parte na blogosfera. Infelizmente, e como é hábito na minha pessoa, vou atribuir esse facto à falta de inspiração e ao Facebook. A estrela da blogosfera aos poucos vai caindo. Mas houve um assunto que achei ser de demasiada densidade para ser tratado via Facebook: como é jogar futebol fora de Portugal?
De certo que há por aí muita gente capaz de responder com argumentos válidos a esta pergunta. A minha experiência é curta, mas mesmo assim ouso dizer que o futebol é uma coisa cultural. Fazer parte de uma equipa multicultural, que não joga aquele futebol de espaços curtos, de bola no pé, e que prefere esperar pela segunda bola que resulta dos tijolos dos jogadores adversários não é fácil. Quando há espaço para jogar e se lança a bola para longe há uma sensação de perda de controlo que não é nada agradável.
Depois em Portugal, a tendência é sempre para complicar, para rendilhar o futebol, para jogar bonito. Aqui não o que interessa é ganhar. Quem pode adapta-se.
Os Ok Go! trazem-nos mais um interessante teledisco, como outros que têm trazido. A música é melhor que o costume, o álbum, nem por isso.
Aqui fica outro bom exemplo de teledisco, dos melhores que já vi. Quantas horas demorou a ensaiar?