É um cliché publicar passagem de textos ou poemas que gostamos. Geralmente não o faço, por ser cliché, e porque sou ligeiramente indiferente à poesia. Já fui mais. O estudo de Pessoa no já longínquo 12º ano mudou alguma coisa. Fascinava-me um homem que era, literiariamente falando, 4 ou 5 no mesmo corpo, todos eles com estilos diferentes e todos eles extremamente consistentes a nível literário. Se fosse hoje em dia podia receber quatro ou cinco salários.
Mas não foi para falar poesia que vim aqui hoje. Foi para cumprir um cliché. E deixar aqui um pedaço de poesia que aparece na sequência de pensamentos recentes, e que diz assim:
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilham porque alta vive.
Fim de Crónica